O que é crença e qual o seu propósito, características e aplicações na empresa, indivíduo e sociedade?
- No senso comum, crença é uma convicção, algo que se acredita.
- Na filosofia, educação, psicologia, marketing, política, as crenças são como um reposítório de regras e princípios humanos.
- Crenças representam e regem o pensamento e comportamento de pessoas, empresa, grupos sociais.
- Crenças fazem parte e influenciam a cultura e socialização, ambas inseparáveis.
- Na cultura, contribuem para criar missão, visão, normas e valores e na socialização através do ensino, aprendizado, internalização e diferenciação dessa cultura.
- Pelo fato da crença ter esse caráter central e gregário, mudanças nas crenças levam a desencadear mudanças em várias outras crenças.
- iasa outras de comportamentos e ferramentas …como esquemas mentais, âncoras, novas conexões neurais, gatilhos, ganchos, perspectivas, mudanças na forma de pensar, uso de estrutruras de daos e informações mentais e físicas diferentes.
- O sistema de crenças humano é um nascedouro de necessidades … está conectado com objetivos, problemas, situações, emoções, medos, satisfações, experiência vividas, que desejos, imagens de solução, compras e vendas,
- As crenças são socialmente construídas … e situadas num dado contexto e cultura.
- Pensar e discutir crenças desenvolve várias inteligências …
- Desenvolver a inteligência emocional … autoconsciência, autocontrole, automotivação, empatia e socialização.
- Desenvolver a inteligência cognitiva … atenção, percepção, pensamento, linguagem, aprendizagem).
- Desenvolver a metacognição … pensar tático, com plano, esquema, estrutura, reflexão, autoregulação, automonitoramento.
- Crença tem alta relação como intenção e intuição que vêm antes da atenção.
- Precisam ser lembradas … Se não tivermos uma forma sistematica de pensar sobre nossas crenças, elas serão esquecidas.
- Isso é comprovado neurocientifcamente pela capacidade do cérebro humano de esquecer, conhecida como neuroplasticidade.
- Criar conexões ou caminhos neurais que expliquem de forma clara o que acreditamos.
- Servir como âncora, gatilho. gancho para direcionar pensamentos, i e hábitos
- para acioná-los quando oportuno.
- Para não esquecer é necessário fazer repetições espaçadas para justificar crenças, reavaliar valores, princípios, conceitos, normas ao “passo das mudanças externas”
- Para pensar sobre crenças devemos fazer “perguntas filosóficas” sobre crenças específicas e formular “problemas filosóficos”.
- Não podemos ficar a mercê de nossas crenças … precisamos justificá-las.
- À medida que as pessoas interagem e modificam suas experiências, as crenças são também modificadas.
- Crenças incorporam as perspectivas sociais, nascem no contexto da interação e na relação com os grupos sociais.
- As crenças podem ser paradoxais e contraditórias entre si.
- Ao mesmo tempo em que são sociais, também são individuais e únicas, porque cada pessoa assimila uma experiência de modo particular.
Crenças e Fatos.
Fatos são verdades … são declarações que fazem parte do consenso da realidade, havendo pouca dúvida sobre sua veracidade.
- São elementos ou evidências, para os quais existe um corpo enorme de apoio e sem outras evidências contraditórias, sendo raramente questionados.
- Entretanto, quanto mais complexa uma situação, quanto mais perspectivas possíveis se podem ter e quanto mais pessoas diferentes estão envolvidas, menos provavelmente se pode declarar tratar-se de um fato … a percepção falha e é diferente entre as pessoas.
- Entra-se, assim, no campo das crenças, “julgamentos e avaliações” que fazemos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo que nos rodeia”.
- Isso explica várias estratégias nos campos da política, persuasão, retórica, marketing, vendas, lógica informal, etc … ou seja, transformar fatos em crenças e crenças em fatos.
- Uma forma de distinguir conhecimento factual e de uma crença é observar como apessoa responde a um desafio …
- Se alguém diz que a você digitou uma palavra incorretamente, você simplesmente muda a atenção para resolver o problema.
- No entanto, se alguém questiona suas crenças, você responde como se fosse uma ameaça pessoal e defende emocionalmente sua posição
- Isso porque as crenças são pessoais e fazem parte de nós como nosso nome ou nossa perna.
- As crenças não apenas afetam a forma como as pessoas se comportam, mas também o que elas percebem em seu ambiente … por isso é tão importante para o marketing, psicologia, sociologia, filosofia, antopologia, educação, medicina, inteligência artificial.
Crenças e Conhecimentos.
Crença na epistemologia significa o grau de CONVICÇÃO, ACEITAÇÃO ou ATITUDE que uma pessoa tem de que algo EXISTE ou é VERDADEIRO, independente de provas.
A crença é condição necessária para gerar conhecimento … leva o sujeito a um estado mental de convicção ou de adesão a algo.
A crença ocorre na mente de alguém, tendo ou não um “objeto externo” e pressupõe um pensamento ou um princípio de pensamento.
Já o conhecimento pleno é a pura adesão do sujeito ao objeto, ato no qual a crença se dissipa.
Para Platão, a crença faz parte da opinião.
Para a epistemologia não há crença, há certeza – que é inimiga da crença.
Crer em “algo” é não ter a certeza absoluta da sua existência ou dos seus predicados.
Conhecer é compreender sem crença, é ter intimidade intelectual ou sensorial com coisas, materiais ou espirituais, sem duvidar.
Conhecimento são crenças verdadeiras justificadas.
Crenças não justificadas e memorizadas não geram conhecimento, não são verdadeiras.
Crenças fracamente justificadas geram “conhecimento superficial” ou meias verdades.
Crenças fortemente justificadas geram conhecimento crítico ou conhecimento profundo.
Crença é um conjunto de atributos de valor ou verdades de uma pessoa, que influencia em tudo que é cognitivo, no pensar e sentir.
Crença é referência … que o cérebro usa para acionar ou controlar modos de pensamento, sentimentos e emoções.
Crença é um “conceitos especiaal e primário para direcionar pensamentos, sentimentos, atenção, processo de tomada de decisão.
Crenças são atributos de valor.
Crença têm hierarquia … verdades (ou axiomas) suportam crenças fundamentais, que suportam outras crenças e assim por diante.
Existem várias fontes geradoras de crenças … evidências, tradição, autoridade, informação, associação, revelação, propaganda, etc.
Há conhecimento sem crenças … tal como o conhecimento sensorial … sentir calor, cheiro, …
A dúvida é uma “confusão sobre crenças” e ao ser solucionada, se torna crença ou descrença … é diferente do problema (filosófico) que ao ser solecionado não deixa de ocorrer.
- A crenças pode ser habilitadoras (eu sou inteligente!) ou limitante (eu sou fraco!).
- A epistemologia é o ramo da filosofia que estuda sistema de crenças, verdades, justificativas e conhecimento.
- A justificativa da crença é o ponto de grande relevância.
- O sucesso cognitivo, por exemplo “conhecimento específico” de uma pessoa, depende da construção de crenças habilitadoras, e verdadeiras justificadas.
- Muitas vezes somos enganados pelo nosso “sistema de crenças” e levados a pensar e sentir errôneo, subjetivo e distante que sabemos quando na realidade não sabemos ou sabemos pouco … ou podemos cair em bloqueios emocionais e cognitivos … ver maiêutica socrática.
Crenças podem ser verdadeiras ou não … e nem sempre é fácil identificar quais são as crenças essenciais para alguém, mas podem ser influenciadas … é por esse motivo que as crenças são estudadas em vários domínios do conhecimento, principalmente em marketing.
O “sistema de crenças e valores” está no núcleo do nosso sistema emocional e cognitivo.
Os PROFISSIONAIS de MARKETING buscam influenciar a PERCEPÇÃO e ATITUDE do CONSUMIDOR em relação aos seus PRODUTOS e MARCAS … procuram desenvolver “CRENÇAS HABILITADORAS” pela criação e uso de NOVOS CONCEITOS que destacam e aumentam o VALOR PERCEBIDO de determinados “ATRIBUTOS de VALOR”.
A filosofia, psicologia, marketing, propaganda, venda, serviços, são exemplos do uso, desenvolvimento e manipulação de crenças.






