As pessoas (e empresas) devem construir seu próprio conhecimento através da experiência e criação de esquemas ou modelos mentais do mundo, para serem reproduzidos, ampliados e refinados por meio de abstrações.
Piaget …
- O construtivismo é uma teoria do conhecimento [1], desenvolvida por Piaget.
- Argumenta que o ser humano ganha conhecimento e gera significado principalmente devido a interação com suas experiências e abstrações (ideias).
- O “sujeito construtivista” ou “sujeito epistêmico“, busca autodidatismo e determinadas características comportamentais diferenciadas.
A fundamentação teórica do construtivismo – a base para a sua aplicação – é que para construir alguma coisa, tudo é pensado e elaborado em razão de algum motivo teórico a ser necessariamente verificado na prática … conectar plano, desempenho, controle a ajustes, numa expiral positiva de interações, abastrações e reflexões.
Construtivismo é uma teoria do conhecimento baseada nas relações entre sujeito e objeto.
- Para o construtivismo, o sujeito desenvolver a cognição é transformar o objeto do conhecimento e a si mesmo.
- Não se trata de ensinar e aprender … é bem mais do que isso … é fazer o sujeito o elo principal para conduzir o aprendizado.
- Construção significa relação de dependência de causa e efeito entre teoria e prática explícita e respeitada.
- O “sujeito do conhecimento” estabelece relações com o “objeto a ser conhecido”, sem desvalorizar o empirismo ou experiência de fatos e dados.
- O sujeito e o objeto fazem parte do mesmo projeto.
- Se interagem, são construídos simultaneamente ou se constroem.
- O sujeito age e transforma o objeto.
- O objeto ao ser transformado, reage ao processo e ao sujeito.
- Em efeito, o sujeito reage e refaz ou constrói novas ferramentas mais poderosas, e assim por diante, como uma espiral.
O conhecimento não nasce com o sujeito nem é fornecido pelo meio social, é o sujeito que constrói o seu conhecimento na interação com o meio físico e social.
- A interação e costrução do conhecimento depende das condições do sujeito e do meio, empresa, habitação, cultura, educação.
- Ou seja, a socialização é ingrediente base … o homem é fruto do meio e o aspecto socialização é característica esencial da abordagem e aprendizagem construtivista.
Construção do conhecimento é um compromisso mútuo entre empresa e indivíduo.
- Os conceitos “construtivismo e ser epistêmico” têm origem nos trabalhos de Piaget, considerado o inaugurador da “epistemologia genética” ou teoria que investiga a gênese do conhecimento e inteligência.
- A ideia que o conhecimento vem da interação do sujeito com o objeto abraçada por Piaget, tem origem em Emmanuel Kant.
- No entanto, o construtivismo se distingue por sua máxima: estar centrada na interação do sujeito e não na experiência.
- Piaget para construir sua teoria aplicou métodos científicos e experiências que o sujeito passa desde a infância através de troca com o meio e descreveu vários tipos de abstrações, como reflexos, reflexões, abstrações empíricas, pseudo empíricas, reflexivas e metacognitivas.
- No seu modelo cognitivo construtivista, o “ser episteme” é o sujeito que reflete e reconstrói planos mentais, continuamente, através de reflexos e reflexões.
- Considera que as estruturas cognitivas não nascem com o indivíduo e que a única característica pré-formada no ser humano é a “capacidade de criar relações”.
- À exceção da habilidade de construir relações, as demais capacidades cognitivas são construídas e reelaboradas pelo sujeito ao longo do tempo, através de reflexos e reflexões, interdependentes e sinérgicas, que atual como uma espiral.
Cada nova informação atualiza não só o que se aprende mas também as formas e ferramentas por meio das quais se aprende.
- Sempre existe uma transformação implícita ou explícita.
- Para evoluir de uma camada cognitiva menor para uma maior, gerar um salto cognitivo, transformar abstrações implícitas em explícitas, é necessário que o sujeito refletir sobre novos reflexos e “se conscientizar” do salto cognitivo que representa essa relação.
- Neste contexto, caminhos e saberes são adquiridos, outros são modificados, superados ou esquecidos.
- A capacidade de aprender está diretamente relacionada, então com a interação, oportunidades de troca e acesso a informação.
- É esse conjunto de características do sujeito e dos objetos do conhecimento no entorno dele que definem o ser epistêmico na visão de Piaget.
- Conclui que o que há de comum em todos os sujeitos é a “capacidade de fazer relacionamentos”, fazerem operações mentais, abstrações como classificar, separar, assemelhar, agrupar, entre outras.
- O que há de diferente é que cada sujeito é um ser único, subjetivo, social, influenciável por crenças, valores, opiniões, justificativas e conhecimentos.
- A proposta construtivista busca um caminho do meio.
- Se distancia tanto de concepções aprioristas (descritivas e a priori), quanto de concepções empiristas (positivistas, que rejeitam todo o tipo de conhecimento que não seja suportado pela ciência, como intuição por exemplo), mas não as desconsidera
- No tempo de Piaget (1896 a 1980), o empirismo era fortemente representado pelo positivismo lógico, psicologia behaviorismo, não científica.
- Gestalt foi outra teoria proposta de caráter apriorista que Piaget também se opôs.
- Por ser de natureza cientificista, Piaget desenvolveu uma teoria que pudesse ser experenciada e ser sustentada empiricamente, sem recair na corrente do conhecimento positivista, mas não desprezando-o, o utilizando como referência e fronteira.
- Ou seja, deixa claro que investigar um “problema positivo” não é o mesmo que aderir ao positivismo, que ignora ou subestima a atividade do sujeito em proveito unicamente da constatação ou da generalização das leis constatadas.
- Na visão de Piaget o positivismo é uma doutrina de “fechamento da ciência”, à qual quer delimitar fronteiras definitivas, a algo que não tem fronteiras.
No construtivismo de Piaget a ciência é indefinidamente aberta e pode abordar qualquer problema desde que se encontre um método que realize o acordo entre os pesquisadores.

A construção de novos conhecimentos depende do que já sabemos, da habilidade de fazemos associações, diagnósticos e revisões periódicas de conceitos e práticas chave na empresa.
Nós aprendemos e construímos o conhecimento do mundo experimentando coisas e refletindo sobre essas experiências.
Isso é mais do que descrever e fazer … exige reflexão e mediação … construir ferramentas.
Fazer planos para o sucesso das experiências e avaliar seus resultados tanto na perspectiva interna (individual e sujetiva), quanto externa (coletiva e empresarial).
Todos precisam se conscietizar que o aprendizado científico é bem mais mais profundo que o entendimento e compreensão, é um trabalho contínuo de geração e teste de hipóteses de teorias e realidades que mudam o tempo todo.
Para a empresa ganhar capacidade de acompanhar as mudanças, e mais do que isso provocá-las é necessário desenvolver autonomias.
Ensinar e criar o hábito da empresa de pesqyuisar, selecionar, criar, inovar, instrumentar “ferramentas científicas”.
São através dessas ferramentas que serão modelados esquemas mentais para desenvolver as etapas dos “processos mentais”, na sequência e forma corretas, para atingir o objetivo que você deseja.
Para construir é necessário ferramentas para interagir com o objeto do conhecimento para criar, perceber, conectar, organizar, categorizar, memorizar, entender, compreender, repetir, aprender, comunicar, solucionar problemas, tomar decisões, e assim por diante.
Tendo as o processo de aprendizado como foco, na filosofia construtivista, a figura do professor ou do especialista dá lugar ao facilitador e mediador, voltados para o processo de aprendizagem e gestão do conhecimento.
A empresa construtivista incentiva e investe no processo de aprendizagem, examinar o conhecimento corrente, identificar novos conceitos e aplicações, divulgar projetos e experimentos relevantes, discutir o aprendizado e experiências, alinhar crenças e valores, discutir regras, normas e ética, inteligência técnica, cognitiva, emocional, competitiva e artificial.