Um conceito não é simplesmente um conjunto de conexões associativas que se assimila com a ajuda da memória, nem um hábito mental automático, mas um autêntico e completo ato do pensamento.
(Vygotsky) …
No processo de “construção conceitual” da educação, existem dois conceitos fundamentais que coexistem: conceito espontâneo e científico e entre eles podemos delimitar Zonas de Desenvolvimento Proximal – ZDN.
Esta abordagem de está na base do pensamento de Vygtsky e tem sido resgatada em vários modelos construtivistas modernos e científicos, que adota mediação significatica entre empresas e colaboradores.
Conceito Espontâneo ou Senso Comum
O conceito espontâneo é o “senso comum”, assimilado de forma pronta.
É o conhecimento ingênuo, por familiaridade, popular e não validado cientificamente, que permite fazer coisas que o conhecimento científico não permite.
Exemplos e aplicação do senso comum …
- agilizar os processos de tomada de decisão para facilitar o cotidiano.
- automatizar ações costumeiras sem a necessidade de reflexão.
- orientar-se no mundo.
- manejar as coisas.
- resolver problemas prementes e imediatos do cotidiano.
- captar o “mundo da aparência” e não o “mundo real”.
- etc.
Conhecimento Científico
O conceito não espontâneo é o conhecimento científico que não é assimilado em sua forma já pronta, mas sim por um processo de desenvolvimento relacionado à capacidade geral da pessoa (inteligência geral) de formar conceitos (conceituação).
Está associado a criar, inovar e aplicar teorias, fazer experiencias, testar e possibilitar realizações que não poderiam ser efetivadas pelo conceito espontâneo.
Ambos os tipos de conhecimento coexistem, têm valor e relação dual, de causa e efeito.
O desenvolvimento humano se dá na relação sujeito ↔ natureza, com a emergência da consciência, um fenômeno que caracteriza o humano, social e cultural; ao fazer parte da natureza, o sujeito age sobre ela e a transforma em objeto da sua ação e ao mesmo tempo, é autor e protagonista da sua história e também a de outros.
Aprendizagem e Zona de Desenvolvimento Proximal.
Devemos saber separar e focar nossa atenção sobre os conceitos que sabemos daqueles que precisam ser dominados na trajetória de aprendizagem.
Vigotsky
Quando diagnosticamos o que sabemos do que não sabemos, emerge o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal – ZDN, que carrega, em sua essência, a idéia das transformações que acontecem por meio da ação intencional do “sistema de ensino” adotado pela empresa nas ZDNs, delimitadas pelo gap entre conhecimentos correntes e desejados das pessoas e equipes.
A ZDN tem foco em tarefas para que sejam específicas, objetivas.
Com recursos (conhecimento e inteligência) distribuídos em rede, para controlar, promover e fortalecer progressos que não aconteceriam de maneira espontânea e não articulada e sim pela gestão do trabalho e aprendizagem cooperada “on the job”.
Acões intencionais são modeladas e acionadas na ZDN pela gestão individual e empresarial em rede, através de objetivos, planos de referência, ferramentas, atividades e tarefas e facilitadorees, dispostos e compartilhados.
O acesso e ações e movimentos dos indíduos em rede, times e empresa, alteram o estado da sua zona proximal e iluminam os recursos mais importantes para direcionar os próximos movimentos de forma sícrona, alinhada e articulada.
Gestão do Desenvolvimento Intelectual nas ZDNs
A aprendizagem na empresa exerce papel fundamental sobre os processos de desenvolvimento intelectual da pessoa. e do autodidatismo.
Não é qualquer empresa ou sistema de ensino que promove o desenvolvimento intelectual sistemático e efetivo na empresa, que gera diferenciação e vantagem competitiva.
É necessário saber projetar o futuro e fazer com que ele aconteça, sistematicamente, com melhorias contínuas nos indivíduos, por saber administrar atividades, recursos na ZDN, em ouras palavras, liderar ou se adiantar ao seu desenvolvimento, iluminar o melhor caminho, facilitar e motivar a formulação e atingimento de objetivos individuais e coletivos de forma alinhada, síncrona e continuada.
Conduzir a “gestão construtivista” de ZDNs “one job”, onde o trabalhador assume o controle do seu aprendizado na sua zona proximal, trabalha aprendendo via ferramentas para garantor o corretismo, consistência e capacidades projetadas.
Nas ZDNs empresa e indivíduo podem identificar e modelar os sistemas partilhados de consciência, conhecimentos e compreensões, que são construídos culturalmente e passam por contínuas transformações, experiênicias, uso de métodos, ferramentas, técnicas e lições aprendidas.
Como desenvolver a ZDN
DPs podem ser desenvolvidas e geridas na empresa por uma rede de pessoas, tarefas e ferramentas, que se cooperam, numa relação de causa e efeito, para distribuir inteligência pela cadeia e rede de valor, com uso de tecnologia de rede, mídias sociais, transformação digital, inteligência artificial, e aprendizagem de méquina, etc.
Ao orientar o profissional a “gerenciar sua ZDN” e usar ferramentas, estratégias e perguntas sobre por que ele está usando (o que, quem, porque, quando, onde, como e quanto, a empresa empodera o profissional para controlar e fortalecer o conhecimento indvidual e coletivo e fazer adições ou adaptações nas ferramentas de forma independente.
Observe que o foco da empresa nas zonas de desenvolvimento proximal está no processo de construção de conhecimento de execução de tarefas com habilidades técnicas e emocionais, autonomia, alinhamento e sincronia.
Vygotsky argumenta, também, que este desenvolvimento conceitual, intelectual e de conscientização se dá por processos em que a cultura é internalizada, num movimento que se dá de fora para dentro, ou seja, parte do plano das interações da empresa para um plano psicológico individual.
Isso implica em prover grande atenção com a dimensão metacognitiva da aprendizagem.
Metacognição na empresa é um conceito associado a capacidade cognitiva superior para aprender a aprender … desenvolver conceitos, modelos, métodos e ferramentas, de forma atrelada a tarefa, com foco na pessoa, para orientar a “interlocução conciente” com a realidade , a partir de uma arquitetura conceitual construída pela mão de todos, com gestão, sincronismo e alinhamento geral geridos pela empresa.
Facilitação da Mediação nas ZDNs
Para a criação de zonas de desenvolvimento proximal é necessário facilitação e mediação para focar em uma nova abordagem para formção de autodidatas.
Isso exige mudanças de paradigmas individuais e coletivos.
O foco do facilitador está no desenvolvimento de habilidades e não na transferência de conhecimentos para cada profissional da empresa tabalhar com esse propósito nas ZDPs.
Outra importante premissa de Vigotsky, oportuna aqui, valoriza as ações mediadoras do facilitador e empresa, nos processos de ensino as quais promovem o alinhamento entre o plano empresarial (extrapsíquico) e o individual (extrapsíquico).
As intervenções deliberadas do facilitador são muito importantes no desencadeamento de processos que poderão determinar o desenvolvimento intelectual dos colaboradores da empresa, a partir da aprendizagem dos conceitos científicos.
A empresa é um espaço socialmente organizado para a disseminação do conhecimento cirntífico em diferentes domínios.
científicos.
Conclusão
A prática da transmissão das informações científicas de forma acabada, empacotada e inquestionável, adotada pelo método tradicional de formação educacional e profissional, ainda muito adotada, que considera estudantes e profissionais como receptores quase passivos, tem sido amplamente criticada, sobretudo se levarmos em consideração o grande número de pesquisas em educação, psicologia e neurociência.
O conceito, formas inteligentes de representar a realidade, resultado do processo de conscientização, é um autêntico e completo ato do pensamento e deve ser explorado.
Isso envolve focar em cognição e gestão do conhecimento, saber separar e focar atenção nos conceitos que sabemos daqueles que precisam ser dominados na trajetória de aprendizagem … organizar, analisar gaps, mudanças, meios e fins para aumentar o desempenho cognitivo.
Daí, emerge o conceito de zona de desenvolvimento proximal – ZDN, para facilitar controlar gaps de conhecimento, meios e caminhos para atingor objetivos cognitivos, que estãão subjacentes aos objetivos individuais, profissionais e empresariais.
Nas ZDN, acões intencionais são modeladas e acionadas pela gestão individual e empresarial, para a execução de tarefas, como uso de recursos, conceitos, que modelam métodos, ferramentas cogniivas para aprender a aprender e facilitadores para focar no processo de construção do conhecimento.
Ações e movimentos de indivíduos e times alteram o estado (forma e conteúdo) das suas ZDNs e iluminam os recursos mais importantes para direcionar os próximos movimentos de maneira sícrona, alinhada e articulada, com os objetivos e estratégias da empresa.
Via a gestão e mediação nas ZDNs, o sistema de aprendizagem na empresa, via ZDNs, exercer papel fundamental sobre os processos de desenvolvimento intelectual das pessoas e times.
Nas ZDNs, empresa e indivíduo podem identificar e modelar os sistemas partilhados de consciência, conhecimentos e compreensões, que são construídos culturalmente e passam por contínuas transformações, experiênicias, através do uso de métodos, ferramentas, técnicas e lições aprendidas.
ZDNs podem ser desenvolvidas e geridas na empresa por uma rede composta de pessoas, tarefas e ferramentas, que se cooperam, numa relação de causa e efeito, para categorizar e distribuir inteligência, com uso de tecnologia e transformação digital, mídias sociais, inteligência artificial e facilitadores.
Neste contexto, o conceito de metacognição ou capacidade cognitiva superior para aprender a aprender, se transformar num autodidata e analisar o próprio sistema cognitivo, tororna-se, uma ferramenta central para a empresa para gerar talentos e um espaço socialmente organizado para a disseminação do conhecimento científico.