Sempre na filosofia a primeira dificuldade é ver o problema e depois avaliar o quão ele é difícil.
Se você disser a uma pessoa não treinada em filosofia: ‘Como você sabe que tenho duas orelha?’ ele ou ela responderá: “que pergunta tola! … posso ver que você tem.”
No entanto, não é de se supor que, quando nossa investigação terminar, teremos chegado a algo radicalmente diferente dessa posição não filosófica …
Por exemplo …
- O ser humano tem duas orelhas para poder ouvir melhor e de forma mais precisa.
- Ambas trabalham em conjunto para captar o som de forma mais completa.
- A audição natural, que é a capacidade de ouvir com as duas orelhas, permite que o cérebro receba informações sonoras de forma mais completa e quase instantânea.
- As duas orelhas permitem saber de onde vem o som e a que distância está.
- É mais fácil separar a voz do ruído ambiente.
- A qualidade do som é melhor quando se ouve dos dois lados, pois o cérebro consegue identificar diferenças de intensidade e frequência.
- O cérebro trabalha com menos esforço, o que permite ouvir por mais tempo sem se cansar.
- A audição binaural é semelhante à visão binocular, que é a capacidade de ver com os dois olhos.
É fácil ver que podemos chegar rapidamente a uma estrutura complicada onde pensávamos que tudo era simples.
E logo percebemos a “sombra da incerteza” que cerca as situações que aparentemente não inspiravam dúvida.
Que é bem mais possível encontrar a dúvida superficialmente justificada do que supúnhamos.
E mesmo as premissas mais plausíveis são capazes de produzir conclusões implausíveis.