Dialética Socrática é um método qualitativo … lógico, 1, 2, e epistêmico, que busca avaliar e construir o conhecimento de si mesmo e das coisas ao redor, via perguntas e respostas, orientar o discurso de duas ou mais pessoas para tirar suas próprias conclusões e verdades, investigar a qualidade das coisas e conceitos, aumentar a qualidade da compreensão, ensinar, mediar o pensamento. persuadir, criar caminhos, justificar crenças e incentivar descobertas e conclusões …
Tem várias aplicações no aprendizado, autoconsciência, pensar métódico, buscar a verdade, fazer perguntas, dialogar,
É um tipo de dialética.
A dialética socrática é conhecida também como “maiêutica” ou “parto do conhecimento” (significado grego da palavra).
Tem como propósito ajudar a “parir” a verdade de dentro das pessoas de forma investigativa, interativa e lógica.
Emprega perguntas socráticas, para criar caminhos, esclarecer, esmiuçar, desembaraçar crenças vagas sem justificativas.
Faz a outra pessoa pensar e falar, “parir” declarações que estão dentro delas mesmas.
Investigar as consequências lógicas de declarações e respostas.
Fazer perguntas para explorar contradições (ironia).
Fazer perguntas para incentivar e parir descobertas e conclusões (maiêutica).
Explorar interpretações e respostas do sujeito e trilhar caminhos.
“Conhecer a ti mesmo” é o objeto do conhecimento do método.
O método dialético socrático estrutura um diálogo para explorar crenças subjacentes e justificativas que moldam as visões das pessoas, sejam alunos, compradores, tomadores de decisão, negociadores, comunicadores, psicólogos, médicos, investigadores, pais ensinando filhos, etc.
Check List
Características do Método Socrático
Analítico… fazer perguntas para investigar e identificar crenças, justificativas e conhecimento do sujeito, através de perguntas abertas, semi abertas e fechadas.
Antagonico … fazer perguntas para oposicionar idéias e visões entre sujeitos para gerar e comparar diferentes opiniões e percepções de mudanças na forma de pensar e perceber as coisas.
Autodiagnóstico … fazer perguntas para instigar o sujeito “conhecer a si mesmo” e o seu nível de compreensão ou contradição.
Avaliativo … ajudar o sujeito a fazer perguntas para avaliar caminhos, justificativas e objetivos cognitivos para a tomada de decisão.
Compreensível … ajudar a mapear relações de causa e efeito, de forma interativa, via perguntas e respostas.
Conscientizante … fazer o sujeito avaliar e se conscientizar das suas necessidades, problemas, desejos, percepção, crenças e valores.
Construtivista … direcionar o sujeito para construir conhecimento além e ao invés de transferir conhecimento.
Conversacional … estabelecer diálogos, conversar e chegar a uma compreensão maior sobre um assunto.
Crítico … enxergar questões específicas com cuidado, analisar e ajuizar causas e efeitos dos pensamentos e ações.
Emocional … fazer o sujeito sentir emoções, sentimentos, ganhar autoconsciência, autocontrole, empatia e sociabilização.
Empático … considerar as verdades de cada e direcionar as pessoas a chegarem às suas próprias conclusões.
Ético … fazer perguntas para avaliar o código moral e intençõeso do sujeito.
Filosófico … ajudar o sujeito ver, construir e compartilhar verdades e conhecimentos dentro de si mesmo e de cada um.
Instigante … fazer o sujeito prestar atenção, despertar interesse e desejo e fazer suas próprias perguntas.
Interativo … exercer ação e influência recíproca de um sujeito sobre outro, via perguntas e respostas, para extrair as verdades ditas.
Intencional... avaliar ou explicitar intensões e nível de compromisso do sujeito com o plano.
Investigativo … usar perguntas e respostas para “parir” a verdade que está dentro de cada um.
Irônico … usar perguntas sabendo a resposta para testar a compreensão ou contradição da outra pessoa.
Justificativo … investigar como o sujeito pensa e sente, ao invés de investigar o que ele sabe (conhecimento descritivo), transformar opinião em crença.
Maiêuntico … fazer o sujeito parir o conhecimento dentro de si, explicitar e buscar a sua verdade e certeza sobre as coisas.
Mediação … ajudar o sujeito a compreender e aplicar o método.
Metacognitivo … fazer o sujeito pensar e investigar sobre a sua própria forma de pensar, autoregular e automonitorar o conhecimento.
Orientativo .. traçar e compartilhar caminhos dentre vários possíveis e criar um mapa de possibilidades.
Objetivo … expressar de forma clara, sem ambiguidades, não subjetiva, o que se tem como propósito, para que todos compreendam.
Pedagógico … permitir aplicar técnicas, princípios, métodos e estratégias de educação e ensino.
Pergunta socrática aberta … fazer pergunta pata incentivar a fala incondicional, fazer o sujeito falar.
Pergunta socrática semi aberta … fazer perguntas para direcionar e controlar a fala do sujeito, com perguntas específicas atreladas a respostas do sujeito.
Pergunta socrática fechada … fazer perguntas para ajudar o sujeito concluir, declarar ou especificar uma qualidade ou quantidade.
Prático … ser aplicável, simulável e acionável no ambiente de tarefas.
Reflexivo … facilitar estabeler um diálogo lógico onde o sujeito conduz outro sujeito à reflexão e descoberta dos próprios valores.
Sistematizável … modularizável, reprodutível, via perguntas e respostas socráticas interdependentes
Vontade … exige compromisso em trilhar o caminho de aprofundamento e alcance de uma maior nível de compreensão.
Como Aplicar o Método Socrático
O uso do método dialético socrático é um tarefa e como tal precisa ser gerido.
Planejado, desempenhado, controlado e ajustado – ao longo do tempo, continuamente, gerando melhorias contínuas … tudo muda, as crenças, valores, contexto, problemas … tudo!
O método é endereçado para demonstrar a complexidade, dificuldade e incerteza do que para extrair fatos sobre o mundo.
A ironia, perguntas sabendo a rsposta, deve ser usada com sutilileza, já que muitos não gostos de serem expostos a contradição e desta forma pode levar a interrupção do diálogo.
O questionamento investiga crenças subjacentes sobre as quais as declarações, argumentos e suposições de cada participante são construídas.
O método deve levar ao “desconforto produtivo”, não a intimidação.
A pergunta leva ao ouvir atento para
O mediador socrático não tem o propósito de transferir conhecimento e sim facilitar o processo.
O foco está no sistema de valores que sustenta as crenças, ações e decisões.
Qualquer desafio bem-sucedido na dialética socrática envolve altos riscos, já que pode ter que examinar e mudar as próprias crenças, mas Sócrates é famoso por dizer: “a vida não examinada não vale a pena ser vivida”.
Estágios da Dialética Socrática
A dialética socrática é segmentada em 3 estágios:
1) Hipótese – definição prévia e introdutória do que se pretende conhecer.
2) Ironia – interrogatório que leva o interlocutor a reconhecer a ignorância do que se pretende saber.
3) Maiêutica – maiêutica, arte de dar à luz as idéias adormecidas no espírito do interlocutor.
Ironia …
A aplicação do método dialético leva naturalmente a detecção do erro no pensar de uma pessoa.
Nesta etapa inicial do método, o objetivo segundo Sócrates, é melhorar a alma dos interlocutores, libertando-os de erros não reconhecidos que estão no núcleo do sistema de crenças e valores da pessoa.
O método da ironia é muito destrutivo porque leva a pessoa a expor suas fraquezas e dúvidas e talvez tenha sido a principal razão de ter levado Sócrates a morte, via suicídi.
A oronia pode pode levar o interlocutor a abandonar a conversa e não sentir prazer na relação e gerar afastamento e o tiro sair pela culatra.
Críticas da Dialética Socrática
Para Aristóteles, a dialética platônica (e socrática) é um método limitado e menor quando confrontado com os da ciência.
No fim do século XVIII, Kant a utilizou , transferindo para o plano transcendental a eficácia da dialética.
Modernamente, a dialética adquiriu sentidos e inflexões diferentes e tornou-se uma espécie de pedra filosofal do nosso tempo, uma maneira dinâmica de interpretar o mundo, os fatos históricos e econômicos e as próprias idéias.
Planeja e executa o curso de uma discussão ou conversa.
Pensamento crítico … desenvolver o pensamento crítico – metódico, cuidadoso e ajuizado – sobre um assunto.
Estrutura de pensar ... relevante para ser usada na aprendizagem, ensino, vendas, conversação,
O método socrático usa perguntas para examinar os valores, princípios e crenças
Intuição … questiona, identifica e depois defende as intuições morais sobre o mundo que sustentam seus modos de vida.
Explicação … exige que os participantes expliquem a si mesmos, seus pensamentos, ações e crenças (não lida com a produção de uma recitação de fatos, ou questionamento da lógica de várias e diversas abstrações que são apresentadas para comparação,
Motivações … revelar as motivações e suposições sobre um assinto e a a vida.
Pensamento … o mais importante não é o fato e sim o que a pessoa pensa sobre o fato e não o que outros pensam sobre o fato; não adianta citar autoridades.
Ética … o método socrático se concentra na educação moral, em como se deve viver de forma específica focada na visão da pessoa.
Persuasão … Não faz perguntas destinadas a convencer pessoas, o objeto de investigação não é o que se pensa ou se diz sobre o mundo em geral, mas o que cada participante pensa ou diz sobre o mundo.
Crenças e valoes … o objetivo não é considerar proposições e abstrações despersonalizadas, mas sondar os valores e crenças subjacentes de cada investigador.
A refutação das crenças de alguém sobre a melhor forma de viver fornece um veredicto implícito de que você deve mudar sua vida.
Desconforto produtivo … o método socrático é caracterizado por “desconforto produtivo”, há tensão real entre os interlocutores.
Incerteza … demonstrar complexidade, dificuldade e incerteza do que para eliciar fatos sobre o mundo.
A vida não examinada não vale a pena ser vivida.
Sócrates
“Como sempre na filosofia, a primeira dificuldade é ver que o problema é difícil. Se você disser a uma pessoa não treinada em filosofia: ‘Como você sabe que tenho dois olhos?’ ele ou ela responderá: “Que pergunta tola! Posso ver que você tem.” Não é de se supor que, quando nossa investigação terminar, teremos chegado a algo radicalmente diferente dessa posição não filosófica. O que terá acontecido é que teremos chegado a ver uma estrutura complicada onde pensávamos que tudo era simples, que teremos percebido a penumbra de incerteza que cerca as situações que não inspiram dúvida, que encontraremos a dúvida mais frequentemente justificada do que supúnhamos, e que mesmo as premissas mais plausíveis terão se mostrado capazes de produzir conclusões implausíveis. O resultado líquido é substituir a hesitação articulada pela certeza inarticulada.”
Professor socrático … melhor chamado de facilitador
No método socrático, o professor socrático não é o adversário em uma discussão, nem é aquele que sempre faz o papel de advogado do diabo, dizendo essencialmente: “Se você afirma, eu nego. Se você nega, eu afirmo”. Isso acontece às vezes, mas não por uma questão de princípio pedagógico.
na dialética socrática o facilitador, vendedor, advogado, gestor possui todo o conhecimento ou respostas, mas deve estar sempre aberto a aprender algo por si mesmo visa o “desconforto produtivo”, não o pânico e a intimidação.
Faça perguntas e fique à vontade com o silêncio. O silêncio é produtivo. Esteja disposto a esperar que seus interlocutores respondam e não há necessidade de preencher um vazio de conversação; o silêncio cria uma espécie de tensão útil. Use a regra da “espera de dez segundos” antes de tentar reformular suas perguntas!
Encontre maneiras de produzir “desconforto produtivo”. Ligações não solicitadas funcionam, mas tempere com trabalhos em pequenos grupos para que os alunos possam conversar com seus vizinhos.
Intervencões curtas … A brevidade e as intervenções curtas do facilitador são conveniente, sSem discursos ou longas palestras.
O método socrático é possível em uma turma de até 70 alunos. Basta usar mais grupos pequenos.
está muito longe da humilhação de confronto que se tornou erroneamente associada à abordagem socrática. Em vez disso, conforme praticado por Reich e outros, o método socrático é um formato dinâmico para ajudar nossos alunos a assumir riscos intelectuais genuínos em sala de aula e a aprender sobre o pensamento crítico.