A visão empirista está na base do método científico e do progresso da pesquisa nas empresas.
O conhecimento vem da experiência sensorial para a formação de ideias, ao invés de ideias ou tradições nascidas com a pessoa.
Quaisquer dogmas ou doutrina sem fundamento científico devem ser rejeitados.
A mente humana é “um quadro branco” no nascimento e desenvolve seus pensamentos por meio da experiência e sentidos., sem depender de conceitos e princípios.
A experiência é a responsável por estabelecer valores, origens e limites do saber.
A experiência gera evidências, fatos e dados … retrada a realidade como ela é.
A intuição é descartada e quaisquer revelações subjetivas.
Valorização do conhecimento científico.
Buscar respostas por meio de resultados práticos.
A partir do empirismo surgiu a metodologia científica.
O conhecimento é provisório, probabilístico, sujeito a contínua revisão e falsificação.
As conclusões podem ser testadas por observação e experimento.
A razão subjetiva e quaisquer questões que não possam ser verificadas pela análise de dados, são rejeitadas.
Exemplo de perguntas que requerem “abstração dos dados” e são empiristas: Qual é a natureza do negócio da empresa? Quais devem ser os objetivos da empresa?
A filosofia empirista de pesquisa afeta o ensino na empresa, para selecionar disciplinas, usar ferramentas e aprender on the job” já que depende de métodos quantitativos de análise.
Os empiristas atacam a razão também através do ceticismo, apenas os “dados de experiências” contam como conhecimento, e conceitos são meramente rótulos arbitrários para conjuntos de dados frutos de experiências.
Para os empiristas a integração de dados dos sentidos, ou observações em conceitos universais, é impossível porque a verificação universal exigiria um conjunto infinito de observações (e conceitos).
Assim, os empiristas enfatizam dados de sentido direto e quase abandonam a razão (conceitos) como o integrador dos dados do sentidos, são céticos minuciosos, rejeitam completamente a possibilidade de conhecimento objetivo e, portanto, conceitos.
Empirismo e Tábua Rasa
A origem do empirismo está na antiguidade clássica, na grécia.
Na busca do ideal de conhecimento teórico, necessário e universal.
Distinguir o conhecimento racional (superior) do conhecimento prático, direcionado para o bem, felicidade, ética e política, que tinham um carater muito forte à epoca.
A noção de tabula rasa (“folha em branco” ou “tábua em branco”) como “pedra fundamental do empirismo” remonta a Aristóteles, 350 AC.
Conota a visão da mente como um “registrador originalmente em branco ou vazio no qual a experiência deixa a marca.
Nega que os humanos tenham idéias inatas (que se originam na mente).
A noção remonta a Aristóteles , c. 350 AC:
Durante o século 5 a 15 DC a teoria da tábula rasa foi desenvolvida por filósofos islâmicos.
Tomás de Aquino (século 13) adotou na “escolástica” a posição aristotélica de que os sentidos são essenciais para a mente.
No final do renascentismo (séculos 15 e 16 – transição da idade média para a idade moderna), as compreensões medievais (séculos 5 a 15) e clássicas (500 DC até 500 DC) foram fortemente questionados.
Maquiavel iniciou um novo estilo de escrita … questionou a “verdade efetiva” … questionou as autoridades, tal como Leonardo da Vinci (1452 – 1519).
O empirismo britânico emergiu durante o século 17 como uma abordagem da filosofia moderna e da ciência moderna.
René Descartes , na França, defendeu o racionalismo por volta de 1640, e Immanuel Kant, na Alemanha, perto de 1780, o distinguiu e aperfeiçou,
Posteriormente, no século XVII, Thomas Hobbes e Baruch Spinoza, retrospectivamente, foram empirista e racionalista, respectivamente.
No Iluminismo durante o século XVIII, tanto George Berkele, na Inglaterra, quanto David Hume , na Escócia , foram expoentes do empirismo, uma liderança precedida no final do século 17 por John Locke.
John Locke (1632-1704) propôs em An Essay Concerning Human Understanding (1689) a visão muito influente que o único conhecimento legítimo é a posteriori , com base na experiência, uma percepção de ideias que estão em conformidade ou discordância entre si, o que é muito diferente da busca por certeza (quando a pessoa não tem base racionais para duvidar) de Descartes.
O filósofo escocês David Hume (1711-1776) levou o empirismo a um novo nível de ceticismo (atitude questionadora de conhecimento).
Os principais nomes do empirismo são:
- Aristóteles
- Alhazen
- Avicena
- David Hume
- Francis Bacon
- Guilherme de Ockham
- George Berkeley
- Hermann von Helmholtz
- IbnTufail.
John Locke … “considerado o pai do empirismo” … as ideias de uma pessoa são, na verdade, um reflexo daquilo que se experimenta … as pessoas são como folhas em branco ao nascer e seus sentidos e experiências serão os responsáveis por preencher esse vazio, não existem idéias novas não experimentadas e sim na verdade a junção de outras já experenciadas.
- John Stuart Mill;
- Leopold von Ranke;
- Robert Grossetest;
- Robert Boyle.
Críticas ou Limitações do Empirismo
O empirismo impõe limitação na cadeia de causa e efeito, já que é baseado apenas na experiência (fatos e dados) que não é suficiente para representar a realidade verdadeira.
A “tábua rasa” ou conhecimento inato, não é a realidade verdadeira como afirma Aristóteles, Locke e outros empiristas.
Na natureza, tudo muda e os sentidos fornecem apenas instâncias que confirmam uma verdade geral.
O espaço, o tempo, os existentes mudam constantemente, e essas mudanças não são “verdadeiramente” captadas pelo conjunto de regras do empirismo.
O que aconteceu não necessariamente acontecerá da mesma forma.
O sujeito e o objeto nunca são aprendidos de forma imediata ou passiva, como argumenta o empirismo.
O objeto, quando considerado de forma independente do pensamento, muda ao se tornar conhecido por um observador, tornando-se um ser-para-outro.
Existem alternativas filosóficas, como o objetivismo, pragmatismo e construtivismo que servem alternativas ou filosofias complementares ao empirismo.
Empirismo
No empirismo o conhecimento advém principalmente da experiência sensorial, como algo que vem de fora, que entra pelos sentidos e se instala no indivíduo, independentemente da vontade, é sentido como uma “vivência”.
O modo de entender o conhecimento como germinando de “fora para dentro” é chamado de empirismo.
Para o empirismo o conhecimento acontece porque nós vemos, ouvimos, tateamos etc, vivemos a experiência.
O empirismo enfatiza as evidências, especialmente as descobertas em experimentos.
É um princípio fundamental do método científico.
Para o empirismo, todas as hipóteses e teorias devem ser testadas e observadas no mundo real, em vez de se basearem apenas em raciocínio, intuição ou revelação a priori .
Para os empiristas fundamentalistas nenhum conhecimento pode ser adequadamente inferido, a menos que seja derivado de uma experiência baseada nos sentidos.
A teoria do construtivismo reside na premissa de que aprendemos não só pela experiência, mas pela nossa análise dessa experiência e cada pessoa chega à sua própria compreensão singular do mundo à sua volta, que difere da compreensão dos outros.
Saiba mais. Correntes filosóficas