
O check list da figura lista exemplos da filosofia prática na empresa.
São Exemplos de Perguntas Filosóficas na Empresa
- Qual a razão de existir da empresa? (metafísica/ontologia)?
- Quais são nossas origens? (metafísica/ontologia)?
- Quais são nossas crenças – no que acreditamos?
- Quais são os valores que adotados?
- Quais são as justificativas das nossas crenças?
- Quem são os clientes ideais?
- Quais as nossas vantagens competitivas?
- Qual o modelo de negócio mais adequado?
- Quais são os nossos recursos chave para gerar receita e custo?
- Qual a proposta de valor … foco, singularidade e mensagem?
- Qual o valor da marca da empresa?
- Quais são as características físicas e abstratas que representam e identificam a marca?
- Quais os valores epistêmicos – pensamentos, memórias, percepções, conhecimento, habilidades, técnicas, teorias, modelos, ferramentas, processos científicos?
- O que é prioritário para a empresa, time e indivíduo?
- O que é mais urgente para a empresa?
- Qual o código de ética e intenções para guiar o coportamento?
- Qual o perfil competitivo adotar?
- Quais são as conversas mais adequadas?
- etc., essa lista filosófica gera perguntas filosóficas a serem exploradas.
- É um a formulação de escopo inicial para ajudar a aplicaçãoda filosofia prática na empresa.
- Foca no pensamento, modelos e esquemas recomendados pela filosofia para desenvolver o pensamento crítico, “aprender a aprender”, desenvolver a metacognição sobre um assunto ou especificamente no ambioente empresarial, com “foco em tarefa”.
- Facilita analisar e enumerar perguntas e respostas, atributos importantes do processo filosófico e científico , que abordam questões que os números não resolvem, apenas quantificam e complementam.

Perguntas Filosóficas.
Propósito, Características e Aplicações.
- A pergunta filosófica não procura respostas terminais e sim caminhos.
- Oferece opções para escolher a melhor solução temporária, sabendo que uma melhor poderá vir pela frente.
- Uma boa “resposta filosófica” é como uma vela no escuro – fornece luz e mistério, ilumina e ao mesmo tempo revela os contornos do desconhecido e indica que há muito mais a ser investigado e aprendido.
- É como um “fio condutor” ou “ferramenta cognitiva”, para construir e encontrar verdades, conectar crenças, valores, propósitos, objetivos, regras, comportamentos, conceitos, princípios, necessidades, problemas e soluções.
- A pergunta filosófica é aberta, ampla, que não tem uma única resposta.
- Não depende de fatos e dados e sim da estrutura mental ou conceito subjacente.
- Não importa a quantidade de informação seja coletada no processo de aprendizagem, e sim as qualidades.
- É uma pergunta que fatos e dados “não” são suficientes e não determinam a resposta.
- São perguntas do tipo: “O que é isso? Por que isso acontece ou existe? O que tem mais valor?
- Uma característica importante é o caráter dialético , por investigar e questionar e dar visões contrastantes que a fortalecem.
- Pergunta filosófica gera e conecta conceitos e é insumo para a formulação e estudo de problemas filosóficos.
- Exige usar o próprio “raciocínio, investigar e julgar”.
- Está associada a aprendizagem ativa do sujeito epistêmico, que busca o conhecimento filosófico e científico, vai além da interação e transferência de conhecimento.
- A pergunta filosófica faz o sujeito interagir com o objeto (concreto ou abstrato) e para tal usar outras ferramentas filosóficas para sustentar o método científico e a arte.
- Desenvolve o pensamento crítico.
- Está na subjacência das relações e operações conceituais para a formação de competências.
- Desencadeia um processo mental que denvolve a investigação e julgamento para chegar a uma resposta, tal como iliustrado no mapa ou esquemas da figura, que ilustra o “papel conectante” das perguntas.
- Traduz o pensamento filosófico: “ir além de coletar ou lembrar informações”.
- Envolve movimentos cognitivos inter-relacionados para resolver questões abstratas e intangíveis.
- É raiz de vários outros “ramos de perguntas” qualitativas.
- Modela “classes de problemas”; ou seja, não se preocupam com problemas específicos, nem operacionais.
- Foca em resolver problemas qualitativos e não têm carater específico nem quantitativo (numérica).
- Analisar aspectos qualitativos sobre a existência (metafísica).
- Acionar a inteligência e conhecimento científico (epistemologia).
- Usar a lógica para gerar argumentos sólidos, convincentes e racionais.
- Estimular a ética, orientar códigos morais, intenções e comportamentos.
- Gerar respostas diferentes e evolutivas para as mesmas perguntas (mudança).
- As perguntas filosóficas são tipicamente demandadas e aplicadas no estágio de planejamento da gestão para acionar estados mentais filosóficos, científicos e de resolução de problemas.
- Estão na subjacência (base) do pensamentos crítico, criativo, científico, analítico e dialético.
- São tipicamente demandadas no estágio de planejamento da gestão de tarefas e processos mentais e empresariais.
- Descobrir suposições, identificar hipóteses ou teorias provisórias ou iniciar mudanças e projetos.
- Acionar e estruturar formas mais complexas de pensar.
- Analisar conceitos … segmentar conceitos em conceitos mais simples e facilitar a compreensão e resolução de problemas, fazer mapas mentais, conceituais, grafos e assim por diante.
- Esclarecer significados, explorar conceitos, explicar significados e relações com a realidade; explicar contextos e circunstâncias relacionados e seus efeitos.
- Validar processos de raciocínio, argumentos, expressões, regras e inferências lógicas.
- Investigar as implicações de ideias … selecionar “certas ideias, em vez de outras”.
- Escrever e comunicar o que deve ser feito na perspectiva da pessoa e revelar crenças e valores.
- Gerar respostas diferentes e evolutivas para as mesmas perguntas para gerenciar mudanças.
- Conscientizar que as perguntas filosóficas – que modelam os problemas filosóficos – decorrem de 2 razões: 1) dúvida, incerteza, informação insuficiente, ou 2) ignorância, total falta de informação.
- Sinalizar a necessidade de aprendizagem, nível maior de criticidade num assunto ou inteligência.
- Desenvolver a capacidade do sujeito e empresa, tocar o “sistema de crenças, identificá-las e usá-las para a compreensão, aprendizagem, deliberação e solução de problemas.
- As vantagens competitivas são como aqueles frutos mais frondosos e distantes, que precisam de mais perícia no emprego das perguntas filosóficas, para alcança-los nos galhos mais extremos da árvore do seu conhecimento.
- Perguntas e respostas filosóficas estão associadas ao pensamento estratégico, estado mental difuso e relaxado, panorâmico, típico de atividades de planejamento.
- Estão em posição posta aos estágios de desempenhar, controlar e ajustar do ciclo de gestão.
Como fazer Perguntas Filosóficas

Lipman sugere os seguinte critérios para modelar medir a qualidade das perguntas e respostas filosóficas:
- Imparcialidade … não privilegiar ninguém e nenhuma parte.
- Abrangência … alcance, domínios, dimensões.
- Consistência … coerência de ideias, regularidade, perseverança.
- Precisão … exatidão, certeza, rigor, sintetismo.
- Relevância … importância, interesse, valor, significância.
- Aceitabilidade … razoabilidade, legitimidade, pertinência.
- Suficiência … conjunto de conhecimentos e qualidades específicas para determinado trabalho, habilidade, qualificação.
- Podemos usar esses padrões de bom raciocínio para avaliar diferentes resoluções filosóficas.
- Uma resolução bem fundamentada, imparcial, abrangente e coerente é melhor do que uma que não o seja.
- Mais uma vez, não é uma questão de ser certo ou errado e sim ser melhor ou pior.

Saiba Mais … Quem é Matthew Lipman, por Flávio Ferreira. Folha de S.Paulo (caderno Sinapse), 24 de setembro de 2002.

Conclusão.
- Usar exemplos promove uma aprendizagem mais significativa e duradoura, aumenta o engajamento e a motivação,.
- Os melhores exemplos na empresa devem focar em tarefas, para delimitar escopo e desenvolver competências conhecimento, habilidade e atitude de forma específicam mensurável, atingível, relevante e temporal.
- Os exemplos tornam o conteúdo mais concreto.
- Estimulam a criatividade e ajudam equipes a conectar o que aprendem com situações práticas.
- Usar exemplos no ensino e aprendizagem promove uma aprendizagem mais significativa e duradoura, aumenta o engajamento e a motivação.
- Desenvolvem habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, e facilita a aplicação do conhecimento no mundo real.
- Tornam o conteúdo mais concreto, estimulam a criatividade e ajudam o sujeito – eu, você , equipe – a conectar o que aprendem com situações práticas.