O objetivo desse sumário é conceituar a intuição e sua importância e relação com raciocínio, tomada de decisão, criatividade.
Descrever conceitos , propósito, características e aplicações do “controle da intenção” e princípios para o desenvolvimento de esquemas mentais, ou kit de ferramentas pessoais e empresariais, para desenvolver a intuição.
Um primeira observação é que a intuição não é um palpite ou algo sobrenatural ou um sexto sentido.
Boas experiências geram boas intuições.
Por exemplo, planejar boas experiências é um fator que trabalha a intuição … quando planejamos, “cavucamos nossa mente”.
Observe como você planeja … planos são ferramentas da intuição, quando planejamos usamos o pensamento difuso e relaxado, não nos fixamos num único ponto, conseguimos perceber a periferia, nos libertamos de amarras e podemos até quebrar paradigmas, se seguirmos em frente na sua execução e gestão.
A intuição, que repousa no “íntimo mental” permite reconhecer padrões rapidamente, automaticamente, e permite sair de si e ver um todo maior.
A intuição segundo estudos sugerem envolve subconsciente, uma “área mental” que está sempre um mudança e não para de funcionar nunca, ao contrário da área consciente.
O subconsciente é um exército colossal e incansável que pode ser usado para o bem do estado consciente.
Segundo pesquisas comprovam e nós mesmos podemos cmprvarindividualmente, pode ser acessado pelo estado mental relaxado (em contraponto com concentrado), tal sono, reflexão, meditação, controle e permutação deliberada de atenção focada e difusa e várias outras descobertas da neurociência.
Intuição significa ler o intelecto: compreender as coisas à partir do íntimo e perceber a essencialidade.
A lógica sem a evidência da intuição torna-se vazia, sem utilidade e função.
A intuição dá a evidência da identidade, é o primeiro critério da recionalidade da organização do conhecimento.
A intuição é fundamental para o pensamento científico e complementar a racionalidade.
A Intuição é preâmbulo da Ciência.
Intuição significa o “íntimo da ação”.
Ver dentro de si e diretamente.
A intuição é uma verdade de ordem mais elevada do que a verdade científica.
Não é ciência, já que foge a demonstração e se dá por evidência imediata.
Bergson procurou construir uma “metafísica positiva” e fazer da filosofia uma ciência baseada na intuição como um método.
Os resultados vêm da experiência e seriam tão rigorosos quanto as ciências baseadas na inteligência, como a matemática.
Ao contrário de Platão e René Descartes, que usavam a geometria como modelo para fazer da metafísica uma ciência, Bergson adotou a biologia, a psicologia e a sociologia como fundamentos de seu pensamento filosófico.
É uma crítica ou alternativa às formas de determinismo e “coisificação” do homem.
Ou seja, é outro caminho, via a subjetividade, para observar, compreender, raciocinar e chegar a verdade.
A intuição é um estado mental que dá liberdade humana frente as vertentes científicas e filosóficas que reduzem a dimensão espiritual do homem a leis previsíveis e manipuláveis, análogas às leis naturais e biológicas, como imaginou Comte.
A intuição da duração é a capacidade de apreender a temporalidade como um fluxo contínuo e qualitativamente diferenciado, em oposição à visão do tempo como um espaço medido e fragmentado. Essa intuição permite compreender a realidade em sua mobilidade criativa e contínua, escapando da rigidez do tempo lógico e espacializado.
Intuição é apreensão imediata da realidade por coincidência com o objeto.
É a compreensão da realidade sem utilizar as ferramentas lógicas do entendimento: a análise e a tradução.
É diferente da inteligência que calcula e prevê intervalos do mesmo plano espaço-temporal.
A intuição, ao contrário, penetra no interior da vida coincidindo com o real imediatamente.
É uma forma de conhecimento que penetra no interior do objeto de modo imediato, isto é, sem o ato de analisar e traduzir.
A análise é o recorte da realidade, um tipo de mediação entre sujeito e objeto.
A tradução é a composição de símbolos linguísticos ou numéricos que, analogamente a análise, também servem de mediadores.
Tanto a análise quanto a tradução são meios ou métodos falhos e artificiais de acesso a realidade.
Somente a intuição pode garantir uma coincidência imediata com o real sem o uso de símbolos nem das repartições analíticas.
Aplicaçõesda Intuição na Empresa.
A intuição sempre deve estar fundamentada num método racional, na descoberta científica e na tomada de decisões.
Intuição pode desempenhar um papel na geração de hipóteses, orientar direções de pesquisa e até mesmo influenciar a interpretação dos resultado.
Funcionar como um um preâmbulo da ciência e aplicação do método científico.
Interpretar dados e tirar conclusões.
Servir de ponte para resolver problemas complexos envolvendo multifatores, pouca informação e tempo de decisão.
Complementar a prática baseada em evidências.
Pontos de Atençãono Emprego da Intuição.
Quais atributos e pontos de atenção?
Viéses … é necessário atentar para filtrar e afastar preconceitos maléficos que afetam o processo de intuir, identificar tendências cognitivas ou viés inconsciente, que são usados usados para tomar decisões rápidas, mas que podem levar a erros de julgamento e distorção da percepção, são influenciados por experiências passadas, emoções e fatores sociais, e podem afetar a forma como vemos o mundo e como tomamos decisões.
Validade Limitada … se autoconscientizar das limitações, considerar qualidade, quantidade de informações e experiência no contexto,
Risco … avaliar o quão você está sendo realmente intuitivo, o risco introduzido pela intuição, a probabilidade de erro e qual o impacto nos resultado, o quão você está sendo realmente intuitivo.
Excesso de Confiança … achar que a intuição permite negligenciar outras explicações alternativas.
Comparações ... buscar analogias, semelhanças, diferenças entre modelos, formas, estruturas.
Racionalidade … não abandonar o método racional e tê-lo como referência.
Lógica ... saber distinguir dedução, indução e abdução para modelar a intuição.
Propósito … a intuição é uma ferramenta e deve ser usada como uma solução.
Ferramentas … a intuição é desenvolvida pela boa racionalização e desenvolvimento de esquemas, modelos, mapas, check lists para desenvolver refinar a heurística através da repetição de um padrão e refletur sobre resultados.
Público alvo … conhecer o público alvo, o sujeito, necessidades, motivações, comportamentos, pronblemas que afetam a experiência.
Metas … definir objetivos claros para a análise heurística ajuda a direcionar o processo e a identificar os pontos críticos que precisam de atenção.
Contexto … considerar sempre sujeito, objeto, suas relações, situações e a tarefa a ser realizada, com seus objetivos, restrições ou limitações.
Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia por seu trabalho sobre julgamento humano e tomada de decisão, propôs que temos dois sistemas de pensamento diferentes: o sistema 1 é rápido e intuitivo; o sistema 2 é mais lento e depende do raciocínio.
O sistema rápido é mais propenso a erros, mas pode aumentar a chance de sobrevivência, permitir antecipar ameaças sérias e reconhecer oportunidades promissoras.
Mas o sistema de pensamento mais lento, ao envolver pensamento crítico e análise, é menos suscetível a produzir decisões ruins.
Ambos os sistemas geralmente operam quando as pessoas pensam.
Existem muitas maneiras pelas quais o sistema intuitivo pode obscurecer o julgamento.
Considere, por exemplo, o efeito de enquadramento: a tendência a ser influenciado pela maneira como um problema é proposto ou uma pergunta é feita. Na década de 1980, Kahneman e seu colega Amos Tversky apresentaram um problema hipotético de saúde pública a voluntários e enquadraram o conjunto de possíveis soluções de diferentes maneiras para cada voluntário. Em todos os casos, os voluntários foram instruídos a imaginar que os EUA estavam se preparando para um surto de uma doença incomum que se esperava que matasse 600 pessoas e que dois programas alternativos para combater a doença haviam sido propostos.
Intuição e Heurística.
Gerd Gigerenzer, afirma que as pessoas raramente tomam decisões com base apenas na razão, especialmente quando os problemas enfrentados são complexos, acredita que o mérito da intuição tem sido amplamente subestimado … é forma de inteligência inconsciente.
Pergunta … como os humanos fazem inferências sobre o seu mundo com tempo e conhecimento limitados?
Em um mundo incerto, a teoria da probabilidade não é suficiente … é necessário heurísticas inteligentes.
Heurpisticas são regras práticas ou Kit de ferramentas adaptativas ou repertório de heurísticas que um indivíduo ou empresa possui.
Heurísticas não são irracionais.
Exploram a capacidade de escolher entre precisão e esforço.
São atalhos que trocam menos esforço por menos precisão.
Buscar e identificar situações em que “menos é mais”, onde as heurísticas tomam decisões mais precisas com menos esforço.
Estudar menos e compreender mais contradiz a visão tradicional de que mais informação é sempre melhor ou, pelo menos, nunca fará mal se for gratuita … No entanto, os efeitos de “menos é mais” foram demonstrados experimentalmente, analiticamente e por simulações computacionais.
Decisões intuitivas podem ser baseadas em heurísticas: regras práticas simples.
A heurística filtra grandes quantidades de informação, limitando assim a quantidade que precisa ser processada.
Essas regras práticas podem ser aplicadas conscientemente, mas, em geral, simplesmente as seguimos sem perceber.
Embora possam levar a erros, como aponta Kahneman, Gigerenzer enfatiza que podem ser baseadas em informações confiáveis, omitindo informações desnecessárias.
Por exemplo, um indivíduo que deseja comprar um bom par de tênis de corrida pode ignorar a pesquisa e o trabalho intelectual simplesmente comprando os mesmos tênis de corrida usados por um conhecido que é um corredor experiente.
Como tomam decisão na vida real?
Pesquisadores descobriram que indivíduos altamente experientes tendem a comparar padrões ao tomar decisões.
Eles são capazes de reconhecer regularidades, repetições e semelhanças entre as informações disponíveis e suas experiências passadas.
De uma forma geral imaginam como uma determinada situação poderia se desenrolar.
Essa combinação permite tomar decisões relevantes com rapidez e competência.
Além disso, ficou evidente que a certeza de quem toma a decisão não aumenta necessariamente com o aumento de informações.
Pelo contrário: o excesso de informação pode ser prejudicial.
Conclusão.
O objetivo desse sumário é conceituar a intuição e sua importância e relação com raciocínio e tomada de decisão.
Neste sumário são aludidos vários pensadores como Platão, Aristóteles, René Descartes, Bergson, Conte e existem muitos outros.
Intuição significa apreensão imediata da realidade por coincidência com o objeto.
Em outras palavras, é a realidade sentida e compreendida absolutamente de modo direto.
É a compreensão da realidade sem utilizar as ferramentas lógicas do entendimento: a análise e a tradução.
A intuição diferencia-se da inteligência.
A inteligência apropriando-se do mundo através de ferramentas, calcula e prevê intervalos do mesmo plano espaço-temporal.
A intuição, ao contrário, penetra no interior da vida coincidindo com o real imediatamente.