O ser epistêmico é o sujeito que estuda a teoria do conhecimento e reflete sobre a sua natureza e suas relações dinâmicas e recíprocas entre o sujeito e o objeto.
- Os conceitos “sujeito e objeto” são discutidos para modelar o pensamento humano desde Platão até os dias de hoje.
- Já o conceito de “ser epistêmico” é mais recente foi introduzido por Piaget na teoria do conhecimento. É. considerada a teoria mais consolidada, aceita e em evolução nas empresas e na educação fundamental nos dias de hoje.
- O sujeito epistêmico forma-se pela sua própria ação, assume o controle da aprendizagem e conhecimento, cria “zonas de aprendizagem proximal”, contrói o conhecimento de forma interativa e em rede.
- Interage com os meios e objetos do conhecimento para observar e compreender suas necessidades e problemas.
- O sujeito transforma o meio no qual ele vive e por causa disso é transformado, já que é produto do meio.
- Ao modificar o meio e o objeto do conhecimento, o sujeito é confrontado com as resistências do meio e se modifica.
- Compartilha e debate hipóteses, busca justificativas para transformá-las em conhecimento que nasce da interação, não é passivo, é deliberativo e proativo.
- Esse movimento de reflexo e reflexão em espiral traduz a busca do conhecimento real e verdadeiro.

Check List.
“Ser Social”.
- Um dos pontos centrais do debate acerca do conhecimento é sobre ser epistêmico – “o sujeito” – que observa, raciocina, busca o conhecimento filosófico e científico e a compreensão da relação entre ele que conhece e aquilo que é conhecido, o objeto (do conhecimento).
- Um dos pontos fundamentais e de atenção constante é assumir comportamento ativo como o motor da evolução.
- Conceber que se todos, à princípio, têm as mesmas possibilidades então podem aprender.
- Assumir o controle da aprendizagem, que exige tempo, estudos filosóficos, científicos e bom senso.
- Aprender de forma significativa, onde o novo conhecimento é filtrado, compreendido e atrelado ao conhecimento corrente, é memorizado e diferenciado para facilitar a aquisição e recuperação, caso contrário se perde, não é visitado pela repetição e é esquecido.
- Entender problemas que não necessariamente são obstáculos, e sim objetos de solução, que estimulam avanços.
- Compartilha e debate hipóteses de melhores recursos e estratégias mentais e físicas.
- Estudar o método científico, observação, formular e testar hipóteses, teorias, experimentos, resultados e conclusões.
- Saber fazer experiências.
- Focar na interpretação da experiência.
- Analisar a relação entre sujeito e objeto, gerar informação e insumo para formulação de perguntas e problemas filosóficos, que não têm uma resposta certa ou errada e sim caminhos de solução de categorias de problemas.
- Justificars crenças sistematicamente … fazer ajustes, validar, refutar ou ajustar caminhos e direções, após pensamento metódico e científico.
- Contruir relações e conceitos … usar ferramentas, como mapas conceituais, modelos, medidas, métodos, técnicas e práticas.
- Buscar o caminho do meio e considerar outras teorias, outros caminhos, à partir da capacidade de interpretação da relação do sujeito sobre o objeto do conhecimento.
- Desenvolver a inteligência emocional, autoconsciência, autocontrole, automotivação, empatia e sociabilidade.
- Aprender a aprender, desenvolver a metacognição, esquemas e ferramentas para autoregulação e automonitoramento do sistema cognitivo (atenção, memória, percepção, pensamento, linguagem aprendizagem).
- Mediação semiótica … usar signos, como a linguagem, para mediar a interação entre o sujeito e o objeto, para facilitar a construção de significados e a aquisição de conhecimentos, observar e compreender como a linguagem e sistemas de signos interagem com a experiência e a consciência para dar forma às nossas ações e pensamentos.
- Evitar concepções aprioristas (descritivas e a priori).
- Evitar concepções empiristas positivistas (que rejeitam todo o tipo de conhecimento que não seja suportado pela ciência).
- Considerar a intuição junto com a razão paa a tomada de decisão.
- Não desconsiderar a não ciência (ou o senso comum), já que é insumo para o conhecimento filosófico e científico.
- Sempre avaliar o valor comercial, econômico e humano.
- Considerar o valor de um comportamento ativo como motor da evolução.
- O lema do ser epistêmico é “problemas estimulam avanços”.
- Não adianta alguém dizer como se resolve o problema, faz parte do sujeito epistêmico compreender a frmulação e solução do problema.
- Controlar o seu aprendizado, interagir, tentar soluções e experimentar hipóteses para superar desafios.
- Considerar que a habilidade fundamental é “construir relações.
- Analisa, sintetiza, avalia, o sujeito, objeto e relações.
- Buscar excelência e qualidade superior no que faz, através da arte e ciência.
- Usar a lógica para argumentar, fazer deduções, induções, abduções e analogias.
- Estudar teorias do conhecimento para compreender como aprendemos.
- Ir além do plano operacional e habilidade de fazer as coisas.
- Investigar táticas e estratégias, modelos, métodos ferramentas, para fazer melhor ou diferente.
- Desenvolver a capacidade de saber olhar de fora para dentro e dentro para fora.
- Pensar focado sem perder o periférico.
- Analisar a relação, interação e transformação do sujeito e do objeto do conhecimento.
- Considerar o método científico como fio condutor e subordinado ao bom senso.
- Experimentar e testar hipóteses ao invés de apenas aceitar o fato de alguém dizer como se resolve.
- Considerar as habilidades para construir relações e interpretar experiências como fundamentais.
- Observar que saber fazer experiências é bem diferente de saber interpretar e explicar.
- Compreender que nem todas as empresas e situações precisam de pessoas com alto nível de pensamento crítico na grande maioria das atividades do dia a dia.
- Se conscientizar que não necessariamente um bom jogador será um bom técnico, ou um técnico na empresa será um bom gerente.
- Interpretar relações para atingir estados mentais de reflexão, mediação, autoregulação, automonitoramento, metacognição e diferentes técnicas de mediação.
- Neste contexto, a mediação de uma forma geral é exigida para ajudar o indivíduo a resolver problemas e desenvolver habilidades de nível superior ou do pensamento crítico.
- O salto de valor do “ser epistêmico” frente ao “ser empirista” está em focar na interpretação da experiência e não nela em si.
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Mediação Cognitiva e Construtivista.
A mediação estuda formas de desenvolver o ser epistêmico através da relação sujeito e objeto.
- A mediação piagetiana é eminentemente dialética, na medida em que não existe apenas como algo que está no meio de dois momentos, mas para gerar interação, reflexão, e criar zonas de desenvolvimento proximal de aprendizagem.
- A mediação construtivista é diferente de vários outros tipos de mediação.
- É essencialmente distinta da ideia de mediação positivista, que adota a ciência, professor, aluno, currículo linear e rejeita a intuição, introspecção ou fé religiosa.
- O foco está na interação e interpretação da experiência do sujeito com o objeto, logo admite e convive com empirismo, pragmatismo, racionalismo, objetivismo e outras correntes de pensamento.
- Essa discussão acerca da relação entre sujeito e objeto se estende para a psicologia.
- Para discutir essa relação, algumas teorias psicológicas fazem uso do termo mediação.
Mediação é um tema ou conceito importante para o cognitivismo norte-americano, interacionismos de Lev Vygotsky e de Humberto Maturana, e do interacionismo desenvolvido por Jean Piaget e por colaboradores e colaboradoras.

O ser epistêmico busca associar conhecimento novo com conhecimento corrente, analisar a relação sujeito e objeto, interagir, gerar experiência, fatos e principalmente “interpretar a experiência”.
- O salto de de valor do “ser epistêmico” frente ao empirista (científico) e outras correntes, está em focar na interpretação do sujeito sobre a experiência.
- Ganhar autoconsciência de ser epistêmico, forma de interagir, interpretar e construir a experiência.
- Saber construir relações significa saber observar, classificar, organizar, explicar, provar, testar falseabilidade, abstrair, reconstruir, conectar, antecipar, concluir e criar seus próprios esquemas, modelos, métodos e ferramentas para aprender.
- Esse comportamento e característica mental possibilita focar na forma e não no conteúdo, separar processo de produto, facilitar a análise e síntese e aprender a aprender com maior desempenho.
- Fazer operações conceituais permite delimitar e transpor fronteiras e paradigmas entre domínios de conhecimentos … é uma operação intuição e lógica.