Um problema filosófico só é resolvido pelo pensamento deliberado, por vontade própria do sujeito, sem recorrer à experimentação científica, autoridade, observação ou cálculo matemático.
O problema filosófico e suas perguntas e respostas são formulados “a priori “, busca explicar um princípio via a dedução, sem contar com a experiência, em contraposição ao conhecimento `posteriori, ou tácito, ganho com a experiência.
Está stá atrelado a um aparato de métodos e ferramentas da filosofia, como lógica, epistemia, ética, metafísica, polÍtítica, estética.
Aplica modelos ou esquemas construídos para pensar numa camada acima do “senso comum” (conhecimento ingênuo, codidiano ou conhecimento não testado) e transforma-lo em conhecimento filosófico, científico e alcançar a sabedoria.
A filosofia e seus problemas e perguntas, são abordagens genéricas e não específicas voltadas para resolução de classes de problemas de forma qualitativa, não numérica, sobre características de determinada coisa ou situação.
Diante disso, embora a ciência tenha origem na filosofia ela não alcança e não resolve os tipos de problemas qualitativos que a filosofia resolve com rigor teórico.
A ciência depende da filosofia para germinar e se desenvolver.
As ferramentas filosóficas ensinam trabalhar o abstrato, o interior do sujeito, ir além da matéria para dominá-la.
O uso de problemas e perguntas como ferramentas filosóficas busca sintetizar e fazer com que o sujeito, o aprendiz que sempre somos, perceba, reflita, racionalize de forma mais investigativa e cautelosa.
Podemos entender os ramos da filosofia citados anteriormente como “categorias de problemas” com suas “metaferramentas filosóficas” desenvolvidas para costruir outras ferramentas filosóficas e científicas.
Perguntas filosóficas
Perguntas e problemas filosóficos tratam de aspectos abstratos com alto grau de generalização.
Envolvem construções mentais que explicam ou modelam a atenção, percepção, memória, linguagem, pensamento e aprendizagem e uso da natureza e recursos artificiais que o pensamento humano pode usar.
Exemplo de de perguntas filosóficas são:
“O que é x?”
“Haverá justificação para x?”
“Qual a natureza de x?”
A “formulação do problema filosófico”, via perguntas filosóficas, exige e orienta rigor, clareza na formulação.
A “formulação do problema filosófico” “diferentemente” do “problema filosófico” deve ser específica, para se distinguir de outros problemas aparentemente semelhantes e evitar ambiguidades.
Problemas Abertos e Fechados
O problema filosófico é o que se pode chamar de problema aberto cuja solução é concebida para evoluir ao longo do tempo, via a dialética.
Problema Fechado é quando sabemos como solucioná-lo, já temos uma resposta direta para o problema ou temos o conhecimento para apresentar a resposta ao problema de forma indireta.
A solução de problemas fechados é um dos métodos mais aplicados na educação e gestão de empresas … possibilita metodizar atividades para formular o problema, descobrir e atacar as causas fundamentais dos problemas, sistematizar o planejamento, execução, controle e ajustes nas atividades e tarefa, com foco na melhoria contínua, estudo e análise de processos produtivos e laborais.
Problema aberto é quando não sabemos como formulá-lo ou solucioná-lo com o conhecimento existente.
O fato do problema filosófico ser aberto significa dizer que (1) o conhecimento filosófico atual não permite a solução integral e que (2) não existe uma solução que encerre o problema.
As evidências disso no dia a dia é “não existir acordo racional entre os filósofos, cientistas, executivos e pensadores epistêmicos sobre as respostas dadas aos seus problemas.
Sempre existirão novos caminhos e novas soluções, novos modelos de negócios.
Pergunta Filosófica
Perguntas Filosóficas na Empresa
São perguntas da gestão da empresa que devem ser feitas continuamente e que mudam as respostas ao longo do tempo.
São feitas para reorientar ou ajustar empresa frente às mudanças contínuas no ambiente externo que provocam impactos e novas necessidades no ambiente interno da empresa, tais como:
- Qual o valor da minha empresa no mercado?
- Qual a melhor forma de comunicar para o mercado a empresa e ofertas?
- Quais são as principais competências (conhecimento, habilidade e comportamento) da empresa e desafios para posicionar e comunicar valor ?
- Qual o modelo de negócio mais adequado para entregar o valor prometido?
- Quais são as ofertas que devo fazer para tangibilizar a proposta de valor da empresa atrair os clientes ideais?
- Qual o diferencial da linguagem da empresa que irá aumentar o poder cognitivo e emocional de colaboradores, mercado e clientes ideais?
- Quais os parceiros mais adequados e alinhados com os valores e diferenciais para agregar valor aos negócos?
- Qual o código de ética e intensões da empresa para regular e diferenciar comportamentos, atrair talentos, parceiros e clientes estratégicos.
- (tente acrescentar uma nova pergunta).
Competências Filosóficas
Para ganhar habilidade para responder perguntas filosóficas um método é fazer 3 perguntas e autodiagnosticar a sua competência para: identificar, distinguir e explicar problemas.
- Identificar problemas filosóficos … isso exige …
- Distinguir ... problemas filosóficos de não-filosóficos.
- Explicar .. a diferença entre problemas filosóficos do não-filosóficos;
Considerando que a filosofia é uma atividade meios, qye depende de uma atividade fima uma boa forma de ganhar competência filosófica, ou seja identificar, distinguir e explicar problemas filosóficos de não-filosóficos é o conhecimento de outras áreas do saber científico que usam a filosofia como sustentáculo, tal como física, matemática, economia, marketing, arte, contabilidade, gestão, literatura, jornalismo, medicina e asim por diante.
Isso está atrelado ao fato que todas as ciências, têm a filosofia, mais especificamente a filosofia da ciência, como fio condutor entre elas e conectada ao núcleo de sua estrutura.
Um “gatilho mental” para acionar o pensamento filosófico e científico é usar perguntas “o que” e “porque”.
Uma vantagem decorrente, da “forma de pensar filosófica”, é “ganhar capacidade” para discutir com mais clareza, os problemas fundamentais de uma área específica do saber, identificar semelhanças, fazer analogias, transferir conhecimentos, habilidades entre domínios e resolver problemas em maior escala.
Para conceituar qualquer coisa, por exemplo arte, marketing, modelo de negócio, oferta, campanha de marketing, gestão do conhecimento, etc, como um problema filosófico, um caminho é: perguntar para IDENTIFICAR, DISTINGUIR e EXPLICAR a diferença do “problema fundamental” que o conceito resolve.
Existem “sempre” três estágios para explicar um problema filosófico: Identificar, Distinguir e Explicar.
Esses e tres estágios permitem diferenciar problemas filosóficos de não-filosóficos.
O pensar filosófico é uma “forma de pensar mais elaborada e sujeita a regras para “ganhar capacidade” para discutir com mais clareza, os problemas fundamentais de uma área específica do saber, identificar semelhanças, fazer analogias, transferir conhecimentos, habilidades entre domínios e resolver problemas em maior escala.
As perguntas filosóficas, por natureza, apontam para o futuro do ambiente da empresa e tarefas.
Aciona o pensamento estratégico.
Descola o sujeito do plano operacional … do fazer.
É fundamental ser identificado, diferenciado de outros tipos de problemas.
Já que precisa ser percebido e acionado em momentoe adequados e deliberados pelo sujeito.
Não se filosofa na ação, só antes dela ou depois.
Um gestor de tarefa deve ser um filósofo prático.
A formulação e solução de problemas filosóficos tem alta relação com análise, inovação e quebra de paradigma.
A filosofia pela sua natureza, ajuda a conectar todos os conceitos científicos e garante pela teoria e experiência científica, sua aliada e afilhada, maior probabilidade de sucesso em tarefas estudadas ou sob foco.
Não se quebra paradigma resolvendo com maior eficácia ou eficiência problemas já resolvidos e sim formulando e resolvendo problemas filosóficos que evoluem para experimentos científicos e novas tecnologias.
A filosofia e ciência promovem mudanças mais revolucionárias e uso de “novos eixos”, dimensões, equações, formas de abstrações cada vez mais inteligentes, fruto de validação e refutação científica do presente e passado.
O caminho de transformação de problemas do senso comum em problemas filosóficos (conhecimento dialético e metódico) e desses em problemas do conhecimento científico (teórico, prático e empresarial), deve ser equilibrado pelo “bom senso”, que estã no topo da pirâmide do conhecimento e que faz a melhor mistura.
Pensamento Filosófico
Nós pessoas que pertencemos à natureza, somos regidos pelas suas leis e provocados por ela, mas também a modificamos, na tentativa de controlá-la.
A filosofia estuda a melhor forma da pessoa interagir consigo mesma e com a natureza através de perguntas e conceitua problema como algo que deve ser compreendido e solucionado.
Objetiva fazer com que o ser humano se conscientize que não se nasce sabendo e que o conhecimento precisa ser desenvolvido deliberadamente, continuamente para acompanhar as mudanças.
Na empresa significa conscientizar indivíduos e times construír bens e serviços de alto valor agregado para a sociedade, de forma investigativa, crítica, uníssona e sinérgica.
Fazer as pessoas assumirem o controle da aprendizagem e conhecimento.
Usar um conjunto de regras e ferramentas filosófico-científicas.
A filosofia é um conjunto de metodologias que constrói modelos, para suportar pensamentos de nível superior para tratar a subjetividade de seres subjetivos que cometem falhas de percepção e pensamentos.
Permite clarear a mente, identificar, distinguir problemas, responder perguntas, gerar confiança e “tomar decisão de forma agregada” ao conhecimento técnico, cognitivo e emocional do sujeito.
Diante disso, quanto antes ensinada e aprendida, melhor.
É um “elixir” (bebida saborosa) que podemos tomar diariamente para uso particular e subjetivo, na tomada de decisão final.
Dependente da racionalidade filosófica, estudo, dedicação e habilidades que nem todos têm ou estão dispostos a ter.
Essa conscência gera vantagem competitiva.
A filosofia não deve ser vista como um pequeno detalhe, ou algo à mais no ambiente da empresa, mas sim como base e elo da cadeia de produção e inovação de produtos e serviços.