Existem diferenças e sinergias importantes entre compreender e fazer uma tarefa que devem ser explorados para aumentar o desempenho da gestão em todaos os seus estágios – planejamento, desempenho, controle e ajustes.
Compreender e fazer são dois conceitos interdependentes e complementares, conectados numa relação de causa e efeito.
Compreender consiste na procura da razão das coisas, enquanto fazer em utilizá-las com sucesso.
Isso significa que podemos conhecer melhor a compreensão pelo estudo do fazer e vice versa.
Explorar essa relação dual … qualidade do que é duplo e inassociável em natureza ou princípio.
Compreender e fazer não vivem um sem o outro.
A figura é um check list e um Diagrama de Venn para contrapor compreender e fazer e evidenciar as suas relações de interdependências.
Deve ser lido no sentido vertical (foco no conceito) e horizontal (foco na relação).
Dessa forma, permite que ambos os coneitos, compreender e fazer, sejam descritos de forma biunívoca.
A leitura da matriz no sentido horizontal e vertical facilita o sujeito desamarrar (analisar) e amarrar (sintetizar) os dois conceitos, suas relações e definir escopo.
A definição de escopo tem como objetivo refletir, perceber, defir propósito, fronteiras, paradigmas para, compreender e fazer.
O objetivo é ajudar a modelagem da compreesão e forma de fazer quaiquer tarefas na empresa, avaliando a lista de conceit interdependentes e suas relações de compromisso ( tradeoffs ).
Compreender refere-se à conscientização e fornece ao fazer uma previsibilidade e a possibilidade de utilizar de estratégias mais eficientes para executar uma dada tarefa.
Ajuda o sujeito a responder perguntas como: “Por que as coisas acontecem deste modo?”
Ao fornecer uma certa antecipação às ações, o compreender abre para o sujeito uma possibilidade de escolha de meios diferentes e correções mais compensadoras que lhe permitem chegar mais diretamente ao êxito.
Isso ocorre porque a compreensão supõe regulações ativas que evoluem abstrações em níveis cada vez mais superiores e carregados com maior significado e potencial para evoluir, formular e resolver novos problemas.
Quando descobrimos uma maneira de resolver um problema, a compreensão nos ajuda a explicar o que descobrimos para outras pessoas e para nós mesmos.
A explicação escrita, grafada e falada são as ferramenta mais usadas para isso.
No fazer, quando as ações resultam em êxito precoce verifica-se um atraso do compreender (conceituação) sobre o fazer (ação) e, portanto, uma autonomia do fazer.
No caminho entre fazer até compreender, seja com êxito precoce ou sucessos que ocorrem mais espaçadamente, confirma-se o fato de que, a partir de certo nível de conscientização, há influência da conceituação sobre a ação.
Nos êxitos mais espaçados, há uma fase intermediária, mais ou menos longa, em que o fazer e o compreender são do mesmo nível e onde há trocas constantes entre o que é da ordem das ações e o que se refere às conceituações.
Numa fase posterior, ou mais avançada, a situação inicial se inverte e então o compreender fornece elementos ao fazer, a conceituação oferece à ação uma programação tática, e não mais planos provisório e a prática passa a ser o reflexo da teoria.
Sempre um depende do outro e sempre podemos ver uma através do outro, pela causa ou pelo efeito.
Fazer é compreender em ação uma determinada situação, em grau suficiente para atingir as mesmas situações, até poder resolver os problemas por ela levantados, em relação ao “porquê” e ao “como” das ligações constatadas e, por outro lado, utilizadas na ação.
É observado que mesmo nas situações em que se pretende compreender e não apenas conseguir fazer algo, o sujeito pode permanecer muito tempo inconsciente das estratégias cognitivas que utiliza para resolver o problema, ele as faz sem compreender e conscientizar completamente.
As fichas só caem bem depois, tal como o “efeito eureca“.
Nem sempre, quando nós aplicamos estruturas sobre objetivos (modelos, métodos e ferramentas) ou sobre nossas próprias ações, fazemos dessas estruturas um tema de reflexões …. isso porque ficamos presos, com atenção fixa nos resultados.
Neste ponto vale a mediação e a interferência externa ao sujeito para acelerar esse processo interpretativo e agregara valor a compreensão e aplicação da investigação científica e construtivista na empresa.
Através de níveis mais avançados de abstração (atingidos via mediação, métodos e ferramentas) o sujeito é orientado para reagir, refleti, se conscientizar gerar saltos de compreensão do que conseguiu realizar no nível da ação, imediatamente num plano inferior, e ganhar maior desempenho.
Resulta dessas considerações que é possível, em função do que define o fazer e compreender, estabelecer três níveis de conhecimento, que são:
Compreensão Material … ou empírica, fruto da interação e experiência com o objeto do conhecimento, que envolve são as ações sensório-motoras típicas, em que há coordenação de esquemas (modelos) para se chegar a um resultado esperado … um saber organizado.
Compreensão Conceituação … que retira seus elementos da ação, mas que acrescenta a eles elementos novos, em virtude das abstrações de maior nível que envolvem a reflexão profunda e consciêntização da eperiência e interação com a tarefa.
Meta cognições … que estão num nível superior que envolvem operações conceituais derivadas do pensamento refletido, de automonitoramento, autoregulação, esquemas táticos, que envolvem tomada de consciência em seu sentido maior e pleno.
Neste sumário é apresentado uma combinação de check list e mapa mental sobre compreender e fazer.
O propósito e ajudar a refletir esses dois conceitos diferentes e umbilicalmente dependentes.
O propósito é facilitar o sujeito (eu, você ou equipe) interagir e “desamarrar ” as relações entre compreender e fazer das tarefas chave do modelo de negócio da empresa.
Neste contexto, a heurística (busca das melhor solução disponível), a planificação constituem áreas de estudo da gestão a serem exploradas.
Ou seja, o desenvolvimento cognitivo individual e empresarial não se limita à simples aquisição de conhecimentos.
Esse é um exemplo de construtivismo que aplica “esquemas” (modelos) que são constantemente testados e ajustados através da exploração e interação com o ambiente, num processo contínuo de assimilação e acomodação.
A compreensão da teoria construtivista fornece um quadro geral para decifrar o desenvolvimento cognitivo e para entender o papel crucial que a interação com o ambiente desempenha na formação de nosso pensamento e percepção.
Que o desenvolvimento do sistema cognitivo resulta do equilíbrio ou auto regulação ou auto organização dos nossos conhecimento.
Precisamos usar ferramentas e dedicar tempo para trabalhar isso.
As fontes dos desequilíbrio são alvo de atenção e gestão.
Contradições, obstáculos para a assimilação do conhecimene e gaps de necessidades alimentam a chama do conhecimento.
Teoria epistemológica de Piaget que contribui na sua essência para a corrente construtivista é uma tentativa de explicitar como o conhecimento avança, passando de um plano menos evoluídos para patamares cada vez mais objetivos de conceituação.