O ser epistêmico é o sujeito que estuda a teoria do conhecimento e reflete sobre a sua natureza e suas relações dinâmicas e recíprocas entre o sujeito e o objeto.
O conceitos sobre sujeito e objeto são discutidos para modelar o pensamento humano desde Platão até os dia de hoje.
O conceito de “ser epistêmico” é mais recente foi introduzido por Piaget (1896-1980), na sua teoria do conhecimento que é considerada a teoria mais consolidada e aceita e em evolução nas empresas e na educação fundamental, nos dias de hoje.
É baseada em vários princípios.
O sujeito epistêmico forma-se pela sua própria ação.
Interage com o meio e objeto do conhecimento para alcançar suas necessidades.
Transforma o meio no qual ele vive e por causa disso é transformado, já que é produto do meio.
Ao modificar o meio e o objeto do conhecimento, o sujeito é confrontado com as resistências do meio e se modifica.
Esse movimento de reflexo e reflexão em espiral traduz a busca do conhecimento real e verdadeiro.
O “ser epistêmico” é definido como um sujeito social, que compartilha e debate hipóteses, busca justificativas para transformá-las em conhecimento que nasce da interação, não é passivo, é deliberativo e proativo.
O ser epistêmico parte do princípio que se todos têm as mesmas possibilidades de construir conhecimento então todos podem aprender.
Na teoria construtivista o valor de um comportamento ativo é o motor da evolução.
O lema é “problemas estimulam avanços”.
Não adianta alguém dizer como se resolve, faz parte do sujeito epistêmico controlar o seu aprendizado, interagir, tentar soluções e experimentar hipóteses para superar desafios.
A habilidade fundamental é “construir relações”.
O ser epistêmico busca associar conhecimento novo com conhecimento corrente, analisar a relação sujeito e objeto, interagir, gerar experiência, fatos e principalmente “interpretação da experiência”.
O salto de de valor do “ser epistêmico” frente ao empirista (científico), e outras correntes, está em focar na interpretação do sujeito sobre a experiência.
Ganhar autoconsciência de ser epistêmico, forma de interagir, interpretar e construir a experiência.
Saber construir relações significa saber observar, classificar, organizar, explicar, provar, testar falseabilidade, abstrair, reconstruir, conectar, antecipar, concluir e criar seus próprios esquemas, modelos, métodos e ferramentas para aprender.
Esse comportamento e característica mental possibilita focar na forma e não no conteúdo, separar processo de produto, facilitar a análise e síntese e aprender a aprender com maior desempenho.
Fazer operações conceituais permite delimitar e transpor fronteiras e paradigmas entre domínios de conhecimentos … é uma operação lógica.
Contextualização do Construtivismo
Mediação e Interacionismo
A mediação estuda formas de desenvolver o ser epistêmico através da relação sujeito e objeto.
A mediação piagetiana é eminentemente dialética, 1, na medida em que não existe apenas como algo que está no meio de dois momentos, mas gerar interação, reflexão, metacognição, assumir o controle da aprendizagem ecriar zonas de desenvolvimento proximal de aprndizagem de tarefas.
A mediação construtivista é diferente de vários outros tipos de mediação.
É essencialmente distinta da ideia de mediação positivista, que adota a ciência, professor, aluno, currículo linear e rejeita a intuição, introspecção ou fé religiosa.
O foco está na interação e interpretação da experiência do sujeito com o objeto, logo admite e convive com empirismo, pragmatismo, racionalismo, objetivismo e outras correntes.
Na Filosofia e psicologia um dos pontos centrais do debate acerca do conhecimento é o da relação entre o sujeito que conhece e aquilo que é conhecido, o objeto.
Essa discussão acerca da relação entre sujeito e objeto se estende para a psicologia.
Para discutir essa relação, algumas teorias psicológicas fazem uso do termo mediação.
Mediação é um tema ou conceito importante para o cognitivismo norte-americano, interacionismos de Lev Vygotsky (1896-1934) e de Humberto Maturana (1928-), e do interacionismo desenvolvido por Jean Piaget (1896-1980) e por colaboradores e colaboradoras.
Resumo do “Ser Social”.
Estudar teorias do conhecimento.
Compartilhar e debater hipóteses.
Aprendizagem significativa, associar conhecimento novo com conhecimento corrente.
Justificar crenças para ganhar conhecimento.
Analisar a relação, interação e transformação do sujeito e objeto
Considerar o método científico.
Assumir o controle da aprendizagem.
Conceber que se todos tem as mesmas possibilidade então podem aprender.
Assumir comportamento ativo como o motor da evolução.
Entender problemasque não necessariamente são obstáculos, e sim objetos de solução, estimulam avanços.
Não adianta apenas alguém dizer como se resolve, é necessário experimentar hipóteses.
A habilidade fundamental é construir relações e interpretar experiências.
Saber fazer experiências é bem diferente de saber interpretá-las.
Interpretar relações significa autoconscientização, autoregulação, automonitoramento, metacognição e diferentes técnicas de mediação.
O salto de valor do “ser epistêmico” frente ao “ser empirista” está em focar na interpretação da experiência e não nela em si.
Buscar o caminho do meios e considerar outras teorias , à partir da capacidade de interpretação do sujeito sobre o objeto do conhecimento.
Se distancia tanto de concepções aprioristas (descritivas e a priori)
quanto de concepções empiristas (positivistas, que rejeitam todo o tipo de conhecimento que não seja suportado pela ciência, como intuição por exemplo), mas não as desconsidera