Lógica informal é um conceito contemporânea para explicar, sistematizar, avaliar e ensinar argumentar para fins práticos do dia a dia.
Lógica informal é o estudo da argumentação em língua natural.
Se propões a aplicar a análise lógica a exemplos concretos de raciocínios do dia-a-dia.
Vários exemplos podem ser dados, como as línguas faladas e as línguas de sinais.
A linguagem natural é normalmente utilizada para a comunicação humana, e não é adequada para adquirir conhecimentos filosófico e científico, dada a sua ambiguidade e espectro amplo e emocional subjetivo, onde uma palavra pode significar várias coisas de acordo com situação, contexto, estado mental.
A linguagem natural é diferente das línguas construídas (artificiais) e das línguas formais, tais como a linguística computacional, a língua escrita, a linguagem animal, e as linguagens usadas no estudo formal da lógica, especialmente da lógica matemática.
(observar que a habilidade de escrever basea-se numa linguagem construída que exige regras e intelecto – capacidade pensante de conferir sentido, limites, ordem e medida ao universo e a seus seres … escrever exige inteligência e entendimento de nível superior … precisa ser aprendida com métodos e ferramentas).
Da mesma forma, o ambiente empresarial exige várias linguagens construídas em complemento a linguagem natural.
Tem grande proximidade com os interesses do “movimento pelo pensamento crítico” … desenvolver um modelo de ensino que dê maior ênfase à investigação de caráter crítico.
Lógica Informal e Pensamento Crítico
Enquanto o raciocínio correto e o pensamento crítico estejam ancorados na linguagem natural, a pesquisa em lógica informal pode empregar métodos formais.
Os trabalhos recentes em modelos computacionais para suportar a inteligência artificial sugerem que a lógica derrotável (não-monotônica), a teoria da probabilidade e outros modelos formais não-clássicos se ajustam bastante bem a esta tarefa.
O ensino do pensamento crítico objetiva o bom entendimento da relação entre linguagem e lógica, o que possibilita a competência para analisar, criticar e defender ideias e a raciocinar indutiva e dedutivamente e chegar a conclusões factuais e críticas, baseadas em inferências seguras extraídas de enunciados não ambíguos de conhecimento ou crença.
Aplicação da Lógica informal
De uma forma garal, a lógica informal busca desenvolver um “raciocínio formal” para avaliar, analisar e aprimorar os “raciocínios informais” que ocorrem no dia a dia.
Destaque de aplicações da lógica informal estão em …
- Diálogos.
- Relacionamentos interpessoais.
- Propagandas.
- Debates.
- Argumentos legais.
- Comentários e notícias sociais encontrados em jornais, televisão e Internet.
- Nas várias formas de comunicação de massa.
- No estudo de falácias ou inverdades.
A lógica informal tem o propósito de compreender e melhorar o pensamento, raciocínio e a argumentação à medida que ocorrem em contextos da vida real, tal como nos negócios.
É um canal de comunicação para outras lógicas e capta insumos do cotidiano.
A lógica informal contrasta com outros tipos de lógica, tais como a lógica formal, computacional, matemática, epistêmica, probabilística
A lógica informal, tal como a mãe lógica, avalia argumentos, evidências, provas e justificativas, com uma perspectiva instrumental, como um conjunto de conhecimentos técnicos sobre o como fazer de forma pedagógica, promover a aprendizagem e o desenvolvimento de pessoas (sujitos epistêmicos) e de “forma universal” consequentemente desvinculados dos problemas relativos ao sentido e aos fins de problemas e conteúdos específicos.
A lógica informal prima por sua utilidade para identificar (e “extrair”) argumentos das trocas em que ocorrem e desenvolver métodos e ferramentas que possam ser usados para avaliar sua força e capacidade de convencimento.
Lógica é o estudo de Argumentos.
Nos sistemas lógicos são aplicadas argumentos à medida que ocorrem em contextos de reflexão, investigação, venda, desenvolvimento de conteúdos digitais, publicidade, comunicação corporativa e institucional, mídia social e troca interpessoal.
Perguntas exploratórias para compreender argumentos e suas aplicações.
Qual a natureza e definição de um argumento?
Quais os critérios para avaliar argumentos ?
Quais são os esquemas de argumentação?
Quais são as falácias (inverdades) envolvidas na lógica do cotidiano?
Como tratar vieses cognitivos – formas indiretas, dissimuladas e furtivas de conseguir algo?
Quais as várias normas e regras que governam as práticas argumentativas em diferentes tipos de contextos?
O primeiro uso do termo “lógica informal” ocorre no último capítulo do livro Dilemas de Gilbert Ryle , em 1954, para distinguir entre a lógica formal e as maneiras mais variadas, menos estritas e menos definidas pelas quais precisamos avaliar muitos dos argumentos que são usados na discussão filosófica … e, no que tange a empresa, aprender a tomar decisões de negócios.
Diferentemente da lógica formal, a lógica informal é a lógica da argumentação cotidiana.
O pensamento crítico é um catalizador e caminho de desenvolvimento da lógica informal
O “Pensamento Crítico” destaca a importância do raciocínio, inferência, argumento e avaliação crítica.
Lógica Informal e pensamento crítico estão associados a métodos e ferramentas para ensinar alunos e profissionais, gerentes e empresários a raciocinar com qualidade
A lógica informal é “informal” ao invés de “formal” porque ela estuda argumentos conforme eles ocorrem no discurso da linguagem natural, e não em linguagens formais da lógica formal.
A lógica formal é notável por sua sintaxe, semântica e gramática rigorosamente definidas e procedimentos de prova precisamente definidos …
Em contraste, os argumentos vida real são notáveis pelo uso da linguagem cotidiana e pelas muitas normas diferentes que se aplicam a eles em contextos diferentes …
… e para as diversas formas de fazer sentido (usando imagens, expressões faciais, sons não-verbais, música, etc.) que eles empregam.
Teoria da Argumentação
A teoria da argumentação é um amplo campo interdisciplinar que estuda os argumentos da vida real.
A lógica entende um argumento como uma tentativa de justificar uma conclusão e enfatiza o mérito probatório ou epistêmico.
A retórica (*) trata um argumento como uma tentativa de persuadir e enfatiza a força persuasiva.
A dialética entende o argumento como um elemento de troca entre interlocutores com pontos de vista opostos, enfatizando seu lugar na interação entre argumentadores que discutem para frente e para trás.
(*) Retórica é uma palavra com origem no termo grego rhetorike, que significa a arte de falar bem, de se comunicar de forma clara e conseguir transmitir ideias com convicção.
Argumentos bem-sucedidos da vida real onvencem o porque incluem ou consideram as objeções razoáveis feitas por aqueles com pontos de vista opostos.
Conceito de Argumento … raiz de todas as lógicas informais. A palavra “argumentar” pode significar “discordar” e adicionalmente, de fazer isso agressivamente …
Na lógica informal “argumentar” é mais restrito … É uma tentativa de resolver desacordo (ou potencial desacordo) e fornecer razões para aceitar o ponto de vista que avança .
Esta noção de argumento é “probatória” no sentido de que entende um argumento como uma tentativa de fornecer evidências em apoio a alguma conclusão.
As premissas do argumento “transmitem” a evidência que fornece aqueles que consideram o argumento razões para aceitar a conclusão … “premissas são as portadoras da verdade” … Se “premissas” então conclusão”
Argumento = premissas à conclusão
Argumento é um complexo de alegação-razão.
Neste exemplo muito explorado de argumentação simples:
´ •Premissa 1: Todo o homem é mortal (premissa maior) •Premissa 2: Sócrates é um homem (premissa menor) •Conclusão : Sócrates é Mortal (inferência) •
Ilustra um exemplo simples de dedução lógica.
No entanto, na linguagem natural e lógica informal, uma conclusão pode estar atrelada a muitas premissas e também podem estar implícitas num contexto.