Quais são os principais componentes das redes metropolitanas?
As redes metropolitanas também são chamadas de redes de acesso, pois ligam os usuários, localizados em seus endereços geograficamente dispersos por uma região, às redes de serviço das operadoras, localizados em seus pontos de presença. As redes de acesso são formadas por equipamentos que ficam instalados em locais fora dos prédios das operadoras e, portanto não contam com a mesma infraestrutura. Embora os locais sejam alugados e preparados com os requisitos de operação, algumas questões devem ser contempladas nestes ambientes como: Segurança da Informação. Proteção das informações mesmo em caso de violação física do ambiente; Gerência remota, pois muitas vezes pode-se não possuir acesso imediato; Robustez de equipamentos e proteção física contra fatores meteorológicos, temperaturas hostis e vandalismos.
Núcleo fixo de Fibras. As redes metropolitanas são compostas por um núcleo de redes fixas cabeadas por fibra óptica. O acesso a essas fibras é realizado principalmente através de multiplexação determinística da hierarquia SDH. O SDH concatena canais tributários (clientes) de 2 Mbps em um agregado STM-1 de 155Mbps. Ao agregar 4 quadros STM-1 forma-se um quadro STM-4 de 622 Mbps. Da mesma maneira, 4 quadros STM-4 são agregados para formar um quadro STM-12 de 2,5 Gbps. Os quadros STM-1, STM-4, STM-12 formam a hierarquia SDH. A rede fixa determinística SDH cria um enlace ponto a ponto entre o local de acesso e a rede de serviços da operadora. Um link de 2 Mbps, por exemplo, pode passar por diversos agregados pelo caminho até que no fim é novamente retirado do agregado voltando à velocidade inicial. Para o cliente a rede atua como uma extensão entre a porta da rede de serviços e CPE do cliente. O elemento responsável por inserir o tributário de 2 Mbps em um quadro de hierarquia maior e retirá-lo é um multiplexador chamado ADM – Add Drop Multiplex.
Anéis de fibra. O núcleo de fibras das redes metropolitanas forma anéis. Quando uma fibra é rompida, o caminho dos enlaces ponto a ponto pode seguir na outra direção do anel mantendo uma alta resiliência e disponibilidade.
O ADM ou Add Drop Multiplex é um elemento da rede SDH. Sua função é multiplexar diversos tributários de velocidades diversas em um único agregado óptico a ser enviado pela rede de fibra. O ADM pode ainda adicionar ou remover canais de um agregado direcionando-o para outro agregado formando um caminho percorrido pela rede. Este caminho é chamado “workpath”.
O custo das redes de fibra reduziu muito nos últimos anos, entretanto há locais aonde não se justifica a implantação de um anel de fibra para atender um número reduzido de clientes. A solução de acesso para chegar a estes pontos é chamada de última milha.
Última Milha. Chamamos última milha ao conjunto de soluções de acesso para atender a clientes que se localizam fora dos anéis principais de fibra, composto pelos pontos de presença da operadora. As soluções de acesso na última milha podem utilizar várias tecnologias, dentre elas as seguintes: Fibra Óptica. Ligação de fibra óptica sem anel. Às vezes é conveniente instalar um rabicho de fibra para atender um único cliente. Pode-se neste caso utilizar fibra aérea; Wireless. Podem ser utilizadas diversas alternativas de ligação wireless, como: Soluções wireless de rádios em faixas licenciadas de microondas. Os rádios fornecem enlaces de nx2Mbps. Soluções basedas em rádios ponto multiponto com a tecnologia WiMax e Soluções baseadas em rádios ponto multiponto com tecnologias pré WiMax proprietárias e operando em faixas não licenciadas de 2,4GHz, 5,4GHz ou 5,7GHz utilizando modulação OFDM para operar sem visada; Solução utilizando linha privativa com modem sobre infra-estrutura de cabo de cobre.
Até logo!