Behaviorismo e Cognitivismo.
- O behaviorismo se concentra no estudo do “estímulo e resposta” ( BF Skinner 1904-1990) ) … “não entra dentro da caixa”.
- A teoria do Desenvolvimento Cognitivo ( J. Piaget, (1896-1980) ) e a “revolução cognitiva” introduz a ideia de processos ou estados mentais internos, como crenças, desejos e motivações, que mediam entre o estímulo e a resposta … entra dentro da caixa.
- Cada teoria tem seu valor, sendo o cognitivismo a corrente atualmente concebida como ciência mais adequada e cientificamente caracterizada para o estudo das ciências cognitivas e inteligência artificial.
- A Teoria Cognitiva sustenta que nosso ambiente externo é internalizado como representações mentais.
- Essas representações mentas não são uma replicação do mundo externo, mas a nossa própria versão interna do mundo.
- Em nossos esforços para entender o mundo, essas representações são organizadas em categorias ou estruturas chamadas Esquema.
Esquema.
Esquemas são estruturas de memória, receptáculos para representações mentais, repositórios para experiências.
- São abstrações da experiência, um nível mental superior à experiência (nível metacognitivo).
- Esquemas são e estão em fluxo, mudam e são dinâmicos, à medida que assimilamos novos conhecimentos e fazemos mudanças conceituais.
- Esses esquemas influenciam nossa percepção e interpretações do mundo.
- Modelos Mentais são mais amplos do que esquemas porque também especificam ações causais.
- A Construção de Modelos Mentais nos ajuda a compreender sistemas e resolver problemas.
- A aprendizagem é uma modificação do esquema existente ou a criação de um novo esquema a partir de novas informações ou experiências.
- Esquemas melhoram a compreensão e a memorização já que estruturam e organizam dados e informações.
- Imagens ou gráficos com texto facilitam a compreensão ao definir a estrutura (Winn, 2004, p. 88).
- Pessoas aprendem por meio de diagramas.
- A organização espacial da informação, permite que o sujeito se lembre e associe novas informações com mais facilidade.
- Ao construir mapas de informação, podemos dar sentido às informações à nossa própria maneira.
Teorias cognitivas e construtivistas de aprendizagem e esquemas podem ajudar as empresas, gerentes, líderes e designers instrucionais a selecionar estratégias de ensino eficazes para desenvolver “especialidades”.
Expertise e Esquemas.
O desenvolvimento da expertise pode ser descrito como o desenvolvimento de esquemas sofisticados ou modelos mentais.
- Expertise” significa especialidade, conhecimento aprofundado ou perícia em uma determinada área.
- É a capacidade de realizar tarefas ou tomar decisões com base em experiência e conhecimento especializado, resultando em um alto nível de competência e habilidade.
- Esquemas (ou estruturas) quando altamente internalizadas facilitam a recuperação de informações sem esforço.
- À medida que o sujeiro avança na aprendizagem e trabalho, pelos estágios de iniciante a especialista, ele se torna cada vez mais capaz de conciliar tomada de decisão e ação.
- À medida que o sujeito continua praticando e recebendo feedback além do nível de maestria, suas habilidades se tornam mais automáticas.
- Um especialista tem a capacidade de “ver o panorama geral”.
- Existem diferenças quantitativas e qualitativas entre como o especialista e o iniciante estruturam seus conhecimentos e habilidades.
- Sistemas multimídia interativos são ferramentas eficazes para a construção de modelos (Hueyching & Reeves, 1992; Kozma, Russell, Jones, Marx & Davis, 1993; Seel & D¨orr, 1994; Windschitl & André, 1998).
- Computadores podem ser usados para desenvolver modelos que representem ideias.
- Sistemas multimídia permitem que os alunos decidam sobre suas próprias estratégias ou estruturas.
Podemos ver a TC como um lugar onde adquirimos essas representações mentais ou esquemas; o foco está em nossas representações internas.
Teoria da Atividade
(Resumo do capítulo de Barab, SA, Evans, MA, & Baek).
- Vygotsky (1896-1934) … o filósofo russo provoca uma mudança de foco da cognição e do conhecimento – da mente individual interna para o ambiente contextual externo.
- A Máxima é … “aprender é um processo coletivo compartilhado” … ou seja, como o ambiente é compartilhado com os outros na empresa e comunidade, nossas experiências, aprendizados e conhecimentos se tornam um processo coletivo compartilhado.
- Mudança Radical … a teoria da atividade muda a visão individual interna da cognição para uma abordagem sociocultural mais externa .
- Relação Triádica … a teoria se baseia em três pilares: 1) objeto cognitivo (chamado de estímulo pelos behavioristas), 2) sujeito ativo (o respondente) e 3) ferramenta (ou instrumento) que medeia a interação entre o objeto e o sujeito.
- Ferramenta e Signo … ferramentas são mais comumente objetos de linguagem ou materiais, como um martelo ou um computador, são usados para fazer, mas existem outras formas de interagir, vivenciar ou nos comunicar com o ambiente, como signos, sinais ou símbolos (Vygotsky).
- Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) . Aprendizagem, aqui, é a colaboração entre pessoas e objetos no ambiente, mediada por uma ferramenta, conforme descrito acima.
- Modelagem … a modelagem triádica – objeto cognitivo, sujeito e ferramenta – são analisadas, esmiuçadas e desamarradas, seus papéis, interdependências e complementações definidos, facilita desenvolver ferramentas ou esquemas para estratégias cognitivas específicas para atividades específicas.
- Leontev (1903-1979) … retomou o trabalho de Vygotsky com ênfase no “objeto” ao qual a atividade é direcionada, como a atividade é motivada por este objeto, com o foco da ação para a atividade de trabalho coletivo (desfoca o individual).
- Engeström …acrescenta que: a principal preocupação da educação é “equilibrar ou gerenciar as tensões que surgem com cada atividade”, balancear a relação triádica e incluir regras para estabeler a comunidade, comunicação e divisão do trabalho, em um contexto social ou ambiental particular, que é necessário analisar “”contradições e tensões” entre todos os elementos das relações triádicas que surgem com cada atividade.
- Hyppöen, num passo adiante, sugere que o foco deveria estar na atividade em relação ao processo de desenvolvimento de um resultado ou produto.

Barab, Evans e Baek (2004) utilizam uma terminologia ligeiramente diferente. Referem-se ao sujeito como o ator e ao objeto como aquilo sobre o qual se atua. Interessam-se pela tecnologia como ferramenta para informar e capturar o design de uma atividade, bem como para a comunicação e colaboração com outros. Através do processo de design para participação social, um artefato é desenvolvido.

Conclusões
Suposições fundamentais sobre a aprendizagem
- (CT) O aluno aprende formando representações mentais. Essas representações mentais são estruturadas em esquemas e modelos mentais. A aprendizagem ocorre quando esses modelos mentais mudam quantitativa e qualitativamente. Este é um processo individual.
- (AT) A aprendizagem é uma atividade mediada. Ferramentas são utilizadas para mediar a relação entre o aluno e seus objetivos de aprendizagem. Este é um processo colaborativo, compartilhado coletivamente, com dimensões sociais, culturais e históricas.
Design instrucional/ensino
- (CT) O ensino começa com a apresentação de instruções explícitas e mensuráveis sobre fatos e regras. Em seguida, deve-se ajudar os alunos a estruturar e organizar suas ideias; a entendê-las. Isso melhora a compreensão e a memória. Os ambientes de aprendizagem precisam ser adaptáveis às ações dos alunos; não pré-determinados.
- (AT) O professor deve primeiro fazer uma análise dos alunos para estabelecer seu nível real de desenvolvimento. O professor atua como facilitador para incentivar os alunos a participarem ativamente do processo de aprendizagem e colaborarem com os colegas. O professor deve apresentar o trabalho um pouco acima do nível de compreensão atual do aluno e fornecer uma ampla gama de ferramentas para ele escolher. Esse processo de guiar o aluno pelo ZDP é conhecido como andaime; atualmente, um conceito popular na educação australiana.
Não vejo a TC e a TA como teorias antagônicas. De muitas maneiras, elas podem se complementar, pois enquanto uma se concentra no funcionamento interno do indivíduo, a outra se concentra nas atividades externas das pessoas entre si e com o ambiente. Juntas, elas podem fornecer um panorama mais completo da maneira como aprendemos.