Como usar melhor o nosso cérebro?
O aprendizado baseado no funcionamento do cérebro … “aprendizagem cognitiva” … busca responder essa pergunta, investigar e criar nova técnicas e “ferramentas cognitivas” ” … usar da melhor forma possível a fisiologia do cérebro, suas funções mecânicas, físicas e bioquímicas … e ficar mais inteligente.
A neurociência é um dos campos das ciência cognitiva.
Usa métodos científicos interconectados com a psicologia cognitiva.
Estuda as melhores formas de usar o sistema cognitivo.
Esquematizar, assimilar, adequar e equilibrar a prendizagem e conhecimento, continuamente, sistematicamente.
O foco está em usar ferramentas mentais.
Check List – 10 Técnicas “Neurocientíficas” para Melhorar a Aprendizagem
Quais são exemplos de práticas e técnicas para melhorar o aprendizado ou resolução de problemas, baseados em estudos de neurociência mais recentes?
1. Repetição Espaçada.
A Repetição Espaçada é a técnica de repetir o que você deseja reter (palavra, problema, conceito, etc) de forma espaçada, por alguns dias para avisar, controlar e dar tempo ao cérebro de fixar as informação ou conexões neurais na memória de longo prazo.
Para fazer repetições espaçadas preisamos usa métodos e ferramentas cognitivas, como perguntas, observações, anotações, resumos, mapas conceituais, mapas mentais, para criativamente e produtivamente gerar informações e agregar novas perspectivas ao proceso de aprendizagem.
2. Recompensa e Reforço
Recompensar e reforçar são fatores chave para motivar a aprendizagem em todos os estágios da vida; é um processo biológico de “detecção de associações”, principalmente se o estímulo e a recompensa ocorrerem concomitantemente.
Objetivos, planos, encorajamento, mediação/facilitação, recompensas e reforços, repetitivos, são essenciais para criar padrões e fazer a “máquina emocional cerebral” operar com maior desempenho.
3. Visualização e Imagens Mentais
Quando criamos quadros mentais ou esquemas dos resultados que queremos obter, de maneira consciente, objetiva e e livre de sentimentos negativos, podemos mobilizar nosso potencial interior para alcançar os objetivos desejados.
Em 1894, o premio Nobel Cajal, propôs que o cérebro é maleável e pode aprender e aperfeiçoar habilidades através da imaginação.
Em 1904 argumentou que os “pensamentos repetitivos” nos exercícios mentais fortalecem as conexões neurais existentes e criam outras.
O cérebro é capaz de criar vários tipos de imagens mentais para todos os cinco sentidos.
Uma “imagem mental visual” pode simular ou recriar a percepção visual (capacidade de interpretar o ambiente circundante) e precipitar ou associar emoções ou sentimentos fortes e criar experiências realmente físicas.
Isso cada vez mais é comprovado pela neurociência.
4. Engajamento ativo e Confiança
Na aprendizagem, engajamento emocional é fundamental e a emoção mais importante para isso é a confiança.
A confiança está na base das relações interpessoais e há uma forte associação entre confiança e progresso.
O estudante ou profissional que confia no professor ou no gerente, ou no facilitador e no sistema de ensino, estabelece um vínculo e se abre para o aprendizado.
Devemos estimular o esforço e o engajamento, porque quando as pessoas estão confiantes, elas produzem melhor.
5. Estresse moderado
Apesar do estresse ser geralmente considerado prejudicial, há evidências que ele pode, ao contrário, se controlado, facilitar a potenciação de sinapses (conexões neurais) na formação de memória e no reforço da “aprendizagem comportamental”.
Práticas para identificar o evento estressor e modificar o comportamento diante dele podem diminuir não só as consequências da exposição ao estresse sobre a cognição, evitar problemas de memória e gerar melhoria do desempenho do aprendizado.
6. Sono e descanso
O sono têm papel fundamental na consolidação das memórias, está relacionado à recapitulação dos eventos ocorridos durante o dia e a uma “faxina cerebral”.
Você pode usar o sono de uma forma mais inteligente para ajudar a resolver problemas.
Por exemplo, antes de dormir formular uma pergunta para o seu subconsciente tratar durante o sono, e ao acordar, dedicar alguns poucos minutos para anotar o “feedback” de fragmentos de memória do modo difuso de pensar do cérebro durante o sono.
Esses fragmentos poderão ser incorporados e contribuir para consolidar a resolução de um problema ou um determinado aprendizado no seu próximo ciclo de pensamento focado.
Outro exemplo, inserir a meditação antes e depois de acordar é um bom mecanismo para ajudar a comunicação consciente do modo focado com o modo difuso de pensar e gerar ganhos cognitivos nas nossas várias inteligências.
7. Focar e evitar distrações
A multitarefa, muitas atividades ao mesmo tempo, diminui a eficiência de qualquer coisa, divide a atenção, impede uma compreensão profunda e completa.
No entanto, as técnicas de concentração da atenção devem ser de várias formas e integrar diferentes apresentação das informações para encorajar o uso de diferentes sentidos e mecanismos para concentrar a atenção, diminuir a dispersão (local, temperatura, som, cores, cheiro, movimentações, etc.
8. Estilos individuais de Aprendizagem
Existem diferentes estilos de aprendizagem e múltiplos tipos de inteligência, que devemos aperfeiçoar.
Cada pessoa deve encontrar sua própria “estratégia cognitiva” e de uma forma geral, desenvolver todas as inteligências e se diferenciar naquelas que tem mais “talento” (inteligência natural ) ou habilidade (inteligência adquirida).
Estilos e estratégias de aprendizagem diferentes usam ferramentas cognitivas diferentes, como leitura ativa, leitura rápida (visão de helicíptero), check list, anotações, observações, resumo, síntese, perguntas, mapa conceitual, mapa mental são exemplos de ferramentas que são usadas de forma personalizada para fazer repetições espaçadas e sessões de aprendizagem
9. Facilitador ou Mediador ao invés de Professor
Para propiciar aprendizado sob medida, uma boa estratégia é focar principalmente no processo de aprendizagem, incentivar e entregar métodos e ferramentas para guiar e ajudaro profissional a gerenciar e construir o seu aprendizado e desenvolver os vários tipos de inteligência.
O professor dar lugar ao facilitador e o aluno dar lugar ao autodidata, para identificar oportunidades de aprendizado, adaptação das ferramentas cognitivas , reduzir o custo do sistema de aprendizado (para quem ensina e para quem aprende); aumentar o desempenho.
O construtivismo é uma abordagem científica cada vez mais usada nas empresas, voltada para inserir técnicas e ferramentas para a construção e gestão do conhecimento, para necessidades de aprendizagem on the job, onde se trabalha aprendendo e se aprende trabalhando nas atividades críticas da empresa.
10. Processamento Multissensorial:
Devemos usar todos os sentidos para potencializar o processo de aprendizagem, para envolver maior quantidade de neurônios em diferentes áreas cerebrais e aumentar a eficiência do armazenamento da memória.
O desempenho da memória melhora quando os estímulos visuais e auditivos concomitantes são semanticamente congruentes.
Escrever, ler, falar e desenhar a mesma coisa são exemplos de sessões ou abordagens de de aprendizagem e desafios de resolução de casos reais.
As simulações trabalham muito a criatividade e inovação e estimulam o pensar em novas saídas e soluções.
A combinação de múltiplas são neurométodos eficazes de retenção do conhecimento.
Usar esquemas, modelos, moldes, check list, mapas conceituais, mapas mentais, “diagramas de venn”, equações e fórmulas simples e mnemônicas para pensar e fazer de forma eficaz e eficiente.
Criar ferramentas mentais (cognitivas) para espelhar o mundo físico, tal como martelo, chaves de fenda, alicate … um cordão amarrado no dedo, etc.
Estudar numa camada superior ao fazer.
Usar essas ferramentas mentais e flexíveis para planejar, executar, controlar e ajustar as funções cognitivas de forma consciente pelo sujeito.
Gerar saltos qualitativos em termos de compreensão, explicação e desempenho.
Pensar tático … nas melhores formas de fazer e gerar consistência e controle.
Pensar estratégico … para garantir capacidade cognitiva individual/grupo.
Esquematizar, assimilar, ajustar, equilibrar aprendizagem e conhecimento.
Aprender a trabalhar e trabalhar aprendendo continuamente e conscientemente.
Ajustar o conhecimento de forma interativa e em tempo real.
Transitar do agora (operacional) para o futuro (estratégico) e vice versa, para alinhar objetivos, passos, tomadas de decisão e caminhos.
Criar esquemas ou modelos para adquirir, adequar e ajustar o conhecimento de forma interativa e em tempo real.
Pensar sobre como pensamos.
Autoregular e automonitorar o pensamento.
Usar feeramentas para aumentar a autocnscientização e autocontrole da percepção, memória, linguage, aprendizagem.
Teorizar e praticar formas de aprender mais rápido e contnuado de forma construtivista.
Desenvolver o ser epistêmico, o comporrtamento autodidata, ativo, investigativo.
Usar ferramntas que não só aplicam o método científico como também permitem ir além, percebendo os resultados no sujeito que aplica.
Usar ferramenras científicas, para “garantir” aprendizagem, trabalho e adequação científicos.
Automonitorar o corretismo, a consistência e capacidade de entrega se produtos e serviços com altos níveis de qualidade
… ou seja, correto, consistente e com capacidades necessários e suficiente para entregar níveis de serviço e garantias de qualidade qque gerem vantagem competitiva e sucesso … )
Existem vários novos estudos que orientam novas formas de aprender e uso de ferramentas cognitivas.
O objetivo aqui é apresentar um resumo rápido e check list de alguns desses destaques de “ferramentas cognitivas”, que podem ser usados como princípios, “lembretes” ou gatilhos mentais, para aprender com maior qualidade científica.
Servir também como “metaferramenta” para consolidar o conceito, guiar a atenção, perceber e compreender melhor como funciona a nossa forma de pensar e a partir daí, fazer mudanças, ganhar rapidez, autonomia, prazer e sucesso nas nossas empreitadas.