Intenção é um estado mental de comprometimento com um plano ou curso de ação … é um processo pelo qual o sujeito passa, mesmo que involuntariamente e inconscientemente, para chegar a uma conclusão sobre algo.
Intenção e Moral … são os dois principais componentes da ética, ramo da filosofia [*]que estuda e regula o comportamento humano.
Moral … são as regras, normas, código ou plano de comportamento coletivo.
Intenção … são os compromissos assumidos pelos indivíduos em relação ao cumprimento do plano.
Ética … estuda como modelar e balancear os dois lados da moeda – moral e intenção.
Intenção Ética
Intenção Ética é um “indicador qualitativo” para medir o quanto uma pessoa crê em algo ou objetivo e o quanto está empenhada em alcançá-lo e permitir que outra pessoa possa confiar nela para realizar uma ação ou plano.
A intenção do sujeito sinaliza para outra pessoa que ela pode confiar ou não em algo ou pessoa.
Pode ser expressa em várias linguagens, corporal, escrita, falada.
Intenção e Intencionalidade são estudados na filosofia e ciência, educação, aprendizagem, ética, gestão, marketing, vendas, inteligência artificial.
Intencionalidade é o estado de consciência atrelado a uma intenção, plano ou projeto.
Intenção e Plano
A forma mais explícita e verdadeira de demonstrar intenção é ter um plano escrito e em marcha!
Intenção e planos andam juntos.
É a intenção que dá vida ao plano..
A intenção deve permear todos os planos e mentes dos indivíduos e empresas.
Sempre precisamos avaliar intenções para garantir a qualidade do trabalho coletivo.
Isso envolve definição de escopo, formulação de propósito e objetivo.
Intenção é o ponto que se mira ou uma imagem que se projeta … aspira e se compromete a deixar uma marca no futuro.
Intenção e Conexão Emocional
A intenção é um componente fundamental da atração e conexão emocional entre pessoas.
É um estado mental que une ou repele, tal que mesmas intenções maior atração e vice versa.
Quando formulamos intenções iluminamos o nosso caminho e possibilitamos outros possam seguir e colaborar.
O estudo e gestão da intenção é um pilar do desenvolvimento pessoal e empresarial.
A intenção é o estado mental que orienta o sujeito para cumprir objetivos e regras, condutas e códigos de ética.
Intenção e Alinhamento
A intenção é o “alinhador mor”.
A intenção não é estática, nasce, muda, desenvolve, amadurece, rejuvenesce, procria, morre e renasce.
A intenção na empresa está subjacente a propostas de valor da marca, no modelo de negócio, no modelo operacional, nos indicadores de desempenho da empresa, no código e normas éticas da empresa.
Tudo que fazemos no âmbito empresarial e de negócios, tem uma intenção subjacente, consciente ou não, embora muitas vezes esquecemos, racionalizamos ou não sabemos … esse é um ponto de atenção importante.
A intenção inconsciente é como um dogma e fixa a atenção … é maléfica e deve ser evitada.
A intenção consciente alimenta a vontade e livra a atenção para a inovação … é benéfica e deve ser alimentada.
Intenção é um estado mental sob controle da pessoa mas influenciada pela empresa e grupos sociais e pode ser percebida por outros e a percepção como dito antes, falha pela características subjetiva que temos.
A intenção é um poderoso indicador qualitativo subjetivo, talvez um dos mais subjetivos e nucleares.
A intenção é o combustível do desejo e da vontade.
É fundamental para sincronizar e alinhar pessoas, equipes, empresas, mercados em todos os planos – estratégico, tático e operacional, incluindo e principalmente tomadas de decisão em tempo real.
A intenção pode ser forte ou fraca, esmaecer ou não com o tempo, dependendo da atenção a ela dada por nós, indivíduos, empresas e sociedade.
A intenção mexe com todas as funções cognitivas e sociais.
A moral é um código (objetivo) gerado por humanos com a “intenção” de regular a conduta e orientar as intenções coletivas.
Intenção e Gestão
A gestão pode ser conceituada também como um conjunto de técnicas para planejar, desempenhar, controlar e ajustar “intenções humanas e subjetivas” via planos.
Isso se aplica a qualquer tipo de gestão de mudança.
Perguntas de Autodiagnóstico de Intenções
- Como exemplificar aplicações da intenção na “racionalização” e ética?
- Você quer ser uma pessoa que faz “coisas certas”?
- Você está de acordo com as regras sociais do seu entorno?
- Você tem orgulho das coisas que faz?
- Existe alguma coisa que você faz que não se orgulha e gostaria que os outros não soubessem?
- Quais são os erros de comportamento, cometidos no seu entorno, que você não aprova? Qual a “racionalização” feita, “na sua opinião”, que foi usada?
- O que você fez no passado, que considera errado? Qual a “racionalização” dada por você na época?
- Pense em um escândalo noticiado … qual a sua racionalização sobre o que levou a pessoa agir imoralmente?
Uma das descobertas de pesquisas em “ética comportamental” é que a maioria das pessoas deseja (e pensa) sobre a ética e , ainda assim, diariamente, a trapaceiam.
Como as pessoas que querem ser boas se permitem ser más?
- R: talvez a coisa mais comum e significativa para responder essa pergunta é a “capacidade de racionalização” do ser humano, já fazemos isso e ovbservamos as pessoas a fazerem o tempo todo.
“A racionalização é um processo que pode ser usado para distorcer a realidade, afastar e não perceber a realidade, ou tentar fazer com que a realidade se encaixe nas emoções de alguém.
Nós, humanos, possuímos um desejo forte e inato de nos vermos como competentes e íntegros, o que significa que, quando falhamos de alguma forma, tendemos, conscientemente ou não, a explicar isso.”
Ayn Rand
Precisamos zelar pelos nosso comportamento ético e dos colegas e alertá-los quando eles usam racionalizações para se justificarem e não fazerem a coisa certa.
Precisamos trabalhar com regras comportamentais claras.
Para a empresa e para o indivíduo, isso será mais fácil de fazer se estivermos familiarizados com regras comuns e compartilhadas via planos interativos e cíclicos.
Check List
Declaração de Intenções
Talvez o princípio ético da intenção mais famoso é o ‘princípio do duplo efeito’, que afirma que :
“Um agente pode causar ou permitir um bem ou não, desde que, primeiro, nenhum mal seja pretendido como um fim ou um meio; e, segundo, que o mal previsto não seja desproporcional ao bem previsto.
Às vezes se objeta contra o uso da intenção que o conceito é impreciso ou excessivamente complicado.
Uma caracterização preliminar da intenção, para fins de gestão de mudanças do comportamentom na empresa, pode ser feita simplesmente por referência a uma lista enumerada de conceitos sinônimos,( ou quase).
Atitude … é um estado mental, que demonstra aprovação, preferência de uma pessoa com relação a outra pessoa, marca ou causa … está mais próxima do conceito de crença do que da ação, ou seja, é é mais um preditor ou “indicador qualitativo” de crenças do que de intenções, ou seja é preditor de comportamento, necessariamente, precisa estar acompanhado de outros fatores.
Autoregulação … é um tipo (ou sinônimo) de autocontrole (controlar a si mesmo), uma habilidade emocional para selecionar, filtrar, direcionar e “modular a emoção” e intensões e comportamentos, para atingir um objetivo, adaptar às demandas cognitivas e sociais; controlar e ajustar situações específicas.
Carater … são as qualidades da personalidade de um indivíduo; são os traços morais que definem a personalidade; influi na intenção e ética.
Índole … nasce com a pessoa; está na base do caráter (vem antes); firmeza de vontade.
Comportamento … conjunto de atitudes, ações e reações do indivíduo ao ambiente, atividades e tarefas.
Compreensão …. é a coleção de todas as intenções; Quanto maior conhecimento e clareza das intensões, , maior será a compreensão.
Compromisso … crença no plano de ação ou conteúdo da intenção.
Consciência … um estado mental ou qualidade da mente, outras qualificações da mente como subjetividade, autoconsciência, senciência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente … estudado na filosofia da mente, psicologia, neurologia e ciência cognitiva.
Inconsciente … ou subconsciente é (1) o conjunto dos processos mentais que se desenvolvem sem intervenção da consciência e (2) como o inconsciente (em sentido amplo) funciona .
Crença … ideias generalizadas e valores, para organizar a percepção, definir o nosso comportamento para adaptação e avaliar resultados.
Desejo … movimento em direção à “marca psíquica” deixada na “memória de longo prazo” pela vivência da satisfação que atendeu uma necessidade; ou aquilo que nos movimenta em direção a algo que foi eleito como objeto do desejo; volta a uma experiência que um dia se formou.
Estado mental … é uma qualidade da mente; conjunto de intenções ou estado de espírito de uma pessoa. ex. inconsciência e consciência – corporal, pensamento, crença, deliberação, emoção, humor, imaginação, intenção, memória, percepção.
Ética … parte da filosofia que investiga motivos que influenciam (distorcem, disciplinam ou orientam) as intensões e comportamento humano; define regras, valores, prescrições, em qualquer escopo social, para criar códigos morais e de conduta.
Intenção … são estados mentais internos do indivíduo; é um compromeimento com um curso de ação ou caminho para atingir um objetivo.
Intencionalidade … o conjunto de intenções, ou caminhos possíveis.
Justificação … explicação que qualifica a crença que uma pessoa tem sobre algo, como conhecimento, e não uma simples opinião.
Orientação … mostrar posicionamento, perspectiva, direção, caminho das ações imediatas (agora) e prospectivas (futuro).
Moral … é a diferenciação de intenções, decisões e ações entre aquelas que são distinguidas como próprias e as que são impróprias. os dois componentes fundamentais da ética são moral e intenção.
Personalidade … conjunto de características fisico, psíquico, moral de cada indivíduo (inclui carater e temperamento
Intenção de Prospecção … a intenção de: 1) se mostrar mais visível (ex. proposta de valor) e 2) pesquisar negócios.
Intenção de Ação imediata … orientar na execução da ação, ou intenções “relacionadas ao ato”;
Temperamento … conjunto de estados mentais da personalidade do indivíduo que condiciona suas reações psicológicas.
Valores … é uma dimensão da ética, explicita o grau de importância de algo ou ação, para viver melhor, direcionar a tomada de decisão, selecionar as melhores ações a serem feitas, e a melhor forma de fazê-las,
Vontade … é a necessidade física ou emocional que o indivíduo sente de fazer algo; apetite, gosto, prazer, disposição de ânimo
Enumeração
Uma forma complementar de compreender a “intenção ética” é enumerar e distinguir as intensões pretendidas e as não pretendidas, criar conjuntos de intenções ou classes de intenções.
Para identificar “intensões pretendidas” devemos reconhecer aquilo que quremos fazer ou evitar a ação; são os resultados que constituem o objetivo ou propósito da ação; eles fazem parte do nosso plano ;
Os principais conceitos que podem ser contrastados com a intenção são estes: previsão, causa, desejo, motivo, responsabilidade moral e ação intencional.
Suponha que o Agente faça uma ação φ com resultado O. A questão é se a previsão, causa, desejo ou responsabilidade moral do Agente de ou para O, ou se o Agente sendo motivado a realizar φ pela perspectiva de O, é necessário ou suficiente para a intenção do Agente de O…
Entender a relação entre atitudes, intenções e valores é indispensável para quem tem interesse em estudar o comportamento humano.
Racionalizações e categorias mais comuns da Intenção
Para preservar nossa intenção moral é necessário monitorar nossas próprias racionalizações.
(os professores Anand, Ashforth e Joshi estudaram as racionalizações mais comuns e as classificaram em seis categorias):
- Negação de responsabilidade – fazer o antiético e transferir responsabilidades para outra pessoa, para atenuar o sentimento de culpa. ex. “fiz porque meu chefe mandou”.
- Negação do dano – conscientemente escolher fazer algo errado porque o dano é supostamente leve e não pareça tão ruim. ex. essa é uma “pequena mentira conveniente e insignificante”.
- Negação da vítima – escolhemos fazer algo errado por causa de alguma falha atribuída à vítima, nos faz parecer que a vítima merece o dano.
- Ponderação social – escolhemos conscientemente fazer algo errado, comparando com erros maiores cometidos pela sociedade e com isso parecer uma coisa boa ou proeza – “os nossos concorrentes fazem pior”.
- Apelo a lealdade – fazer o erradosó dessa vez”; ex. ” … mas tenho uma família para sustentar!
- Metáfora da razão – concluir que está errado, mas é justificado por causa dos mautratos sofridos pelas mãos de nossa vítima.
Parece sensato concluir que uma pessoa que deseja agir eticamente deve:
(1) reconhecer as questões éticas quando se depara com elas … ter consciência moral.
(2) ter a capacidade de chegar a uma resolução defensável da questão sobre qual é a coisa certa a fazer naquele ambiente … tomada de decisão moral.
(3) desejo de fazer a coisa certa … intenção da moral (foco deste artigo).
(4) ser capaz de agir de acordo com essa intenção … ação moral.