Uma das características marcante do pensamento científico contemporâneo é o rigor da linguagem e o uso de modelos.
A teoria constitui o núcleo essencial da ciência, sem a qual não conseguimos avançar.
A teoria é composta de cálculo, regras de correspondência e modelo.
Os modelos caracterizam as ideias fundamentais da teoria através de conceitos com os quais já estamos familiarizados, antes da elaboração da teoria.
Modelos Científicos e Não Científicos.
É necessário fazer-se uma distinção entre modelos científicos e não científicos.
Um modelo não científico é uma miniatura escalar de um objeto real ou imaginário.
Exemplos deste tipo de modelos são as maquetes.
O modelo pode servir como como arquétipo digno de ser imitado ou como cópia da realidade.
Um exemplo do primeiro pode ser o vestido da moda e do segundo, o quadro de um pintor.
O modelo pode servir para demonstrar a consistência de uma teoria.
Por exemplo, a consistência das “geometrias não euclidianas” foi provada ao se demonstrar que a geometria euclidiana é um modelo daquelas.
Modelo é um elemento da teoria – caracteriza as ideias fundamentais da teoria com auxílio de conceitos com os quais já estamos familiarizados antes da elaboração da teoria.
Em outras palavras, uma teoria científica pode ser considerada consistente se possui um modelo.
(…) um modelo é o conjunto de sinais isomorfo a uma teoria, isto é, qualquer que seja a relação existente entre dois elementos do sistema ou teoria, deve existir uma relação correspondente entre os dois elementos respectivos do modelo.
A teoria é, de fato, um modelo da realidade, ou seja, seus conceitos ou sinais correspondem-se biunivocamente com os objetos do mundo empírico.
Podemos dizer que modelo e interpretação são sinônimos, ou seja, os modelos são compreendidos como interpretações de uma teoria.
A interpretação e o modelo são duas maneiras de ‘traduzir’ uma teoria; a primeira se efetua no plano da linguagem; a segunda se realiza em um nível ôntico, isto é, com relação a objetos ou entes.
Outro entendimento se dá pela consideração de modelo como uma explicação de uma teoria.
Assim é que o modelo como interpretação, e o
modelo como explicação podem coexistir, favorecendo análises mais precisas e claras. Conforme
Abbagnano (1970), modelo é uma das espécies fundamentais dos conceitos científicos e
precisamente aquele que consiste na especificação de uma teoria científica que consinta a
descrição de uma zona restrita e específica do campo coberto pela própria teoria.
Modelos não são necessariamente de natureza mecânica e nem devem necessariamente ter o caráter da
visibilidade.
Um modelo de um sistema ou processo é construído com poucas variáveis-fatores
manejáveis de tal sorte que as relações mais significantes possam ser identificadas e estudadas.