Porque a Internet pode ser vista como um banco de dados de interesses humanos?
A Internet não conecta só máquinas de processamento de informações.
Nossa inteligência constitui uma parte tão grande do poder do Supercomputador Mundial quanto a inteligência incrustada nos códigos dos softwares ou nos microchips.
Na Internet, nossos desejos podem ser analisados na medida em que os expressamos por meio das escolhas que fazemos on-line.
Desempenhamos um papel semelhante, sem sequer nos darmos conta, quando usamos o mecanismo de busca do Google.
No miolo desse mecanismo está o algoritmo PageRank (classificação de páginas) que Brin e Page criaram na década de 1990, quando alunos de graduação na Universidade Stanford.
No mecanismo de busca do Google começamos a ver a inteligência humana se fundir com a inteligência artificial do Supercomputador Mundial.
Em ambos os serviços, as pessoas tornam-se subordinadas à máquina.
Usando satélites de posicionamento global e transmissores de rádio minúsculos, nossos movimentos no mundo físico podem ser rastreados de forma tão meticulosa quanto se rastreia hoje nossos cliques no mundo virtual.
E, à medida que os tipos de transações comerciais e sociais realizadas pela Internet proliferam, muitos outros tipos de dados serão coletados, armazenados, analisados e postos à disposição de softwares.