A perguntas filosófica é uma ferramenta que o “sujeito epistêmico” usa para apontar, isolar e analisar problemas filosóficos.
Orientar o sujeito a pensar sobre suas relações consigo mesmo e fora de si mesmo.
A filosofia começa com problemas e perguntas e vice versa.
Perguntas filosóficas nos ajudam a descobrir problemas filosóficos e/ou incoerências, que na sequência precisamos investigar e esclarecer.
Check List
Como fazer Perguntas Filosóficas
Lipman sugere os seguinte critérios para medir a qualidade das perguntas e respostas filosóficas:
- Imparcialidade … não privilegiar ninguém e nenhuma parte.
- Abrangência … alcance, domínios, dimensões.
- Consistência … coerência de ideias, regularidade, perseverança.
- Precisão … exatidão, certeza, rigor, sintetismo.
- Relevância … importância, interesse, valor, significância.
- Aceitabilidade … razoabilidade, legitimidade, pertinência.
- Suficiência … conjunto de conhecimentos e qualidades específicas para determinado trabalho, habilidade, qualificação..
Observação.
Podemos usar esse check list bom raciocínio para avaliar diferentes resoluções filosóficas.
Dessa forma, um problema filosófico é um conjunto de perguntas e respostas filosóficas, que não se propõe a gerar respostas certas, mas avaliar caminhos, classes de problemas e soluções.
A filosofia em todas os seus ramos é uma atividade meio cujo propósito está em colaborar com o sucesso de atividades humanas e servir de modelagem conceitual dos pensamentos e percepções … não vive por si só.
A filosofia no seu pacote contêm “kits de ferramentas” para focar em aspectos universais e particulares dos problemas.
Vem sendo estudada e adaptada ao longo de mais de 2500 anos.
Uma implicação dessa visão de pergunta- problema é que precisamos formular perguntas filosóficas para explorar um problema filosófico, para fazer filosofia.
Fazer uma pergunta filosófica não levará a uma investigação filosófica se for feita com o propósito errado.
Por exemplo, se o sujeito fizer uma pergunta filosófica com a intenção de levar a ua determinada resposta preferida, então o resultado não será filosofia (ou sobre problema filosófico).
A pergunta filosófica convida a resolver um problema filosófico e não dar uma resposta que o agente da pergunta acha que é correta.
Se não estivermos usando questões filosóficas, não teremos investigação filosófica.
Por exemplo, o problema filosófico sobre o objetivo ou propósito de uma marca, empresa, projeto, ou uma oferta a ser lançada no mercado, não pode ser resolvido perguntando “Quais são os produtos no mercado x” … esta pergunta não é uma ferramenta adequada para resolver este problema filosófico.
No entanto, sempre podemos desenvolver novas questões filosóficas que serão úteis para resolver nosso problema filosófico, por exemplo, “Qual deve ser o objetivo do produto no mercado x ?”
Uma segunda implicação é que ao perguntar, responder ou pensar sobre questões filosóficas, é importante entender o problema filosófico para o qual as questões apontam.
Se eu perguntar “Qual é o objetivo de x ?” com um propósito filosófico, não estou interessado em um relato descritivo ou histórico.
Se eu perguntar “O que significa y?” com um propósito filosófico, não estou interessado nas causas psicológicas, biológicas ou sociais de y.
Em ambas as perguntas, estou mais interessado no significado e definição de x ou y, no conceito, na avaliação das razões para escolher um significado em detrimento de outro. Este é o problema filosófico .
Isso significa que, se alguém que lê conteúdos filosóficos e pensa que as perguntas filosóficas são respondidas pela coleta de mais conhecimento, não ficará satisfeito com o que lerá.
Experiência do Problema Filosófico
Se não tivermos uma “experiência” do problema filosófico que está sendo explorado, as questões levantadas, a discussão realizada e as resoluções sugeridas não terão sentido filosófico.
A filosofia da gestão de negócios e empresas, só faz sentido para nós se lidarmos com um problema que percebemos como um problema. Damos sentido a um problema filosófico resolvendo-o. Mas se não “vermos” o problema, não seremos capazes de apreciar uma solução e, portanto, não lhe daremos sentido.
A implicação final é que devemos começar a fazer filosofia sobre um determinado assunto ou domínio de conhecimento com a disposição de enfrentar questões e problemas difíceis sobre o domínio.
Ou seja, temos que estar dispostos a descobrir e confrontar o que não faz sentido em nossas próprias visões preciosas sobre educação.
Devemos desafiar o incontestável.
Devemos deliberadamente encontrar problemas que tornem nossas visões seguras e tranquilizadoras mais inseguras, porque isso é inquietante, demorado, complexo.